Musk poderia bancar programa de combate à fome com dinheiro usado para comprar Twitter
De futebol a itens luxuosos, veja o que dá para fazer com 44 bilhões de dólares usados pelo empresário Elon Musk na compra da rede social
Chegou ao fim nesta segunda-feira, 25, a novela envolvendo o Twitter e Elon Musk, homem mais rico do mundo, com fortuna avaliada em R$ 1 trilhão, segundo a revista Forbes. Segundo o comunicado divulgado pelo empresário, ele pagará 44 bilhões de dólares, cerca de R$ 214 bilhões, para ter o controle total da rede social.
A aquisição ainda passará por aprovações regulatórias. Segundo estimado pelo Twitter, a compra deve ser concluída ainda em 2022.
O movimento de Musk não é novo - Jeff Bezos, dono da Amazon, adquiriu o jornal Washington Post, por exemplo. No entanto, pode ser um avanço estratégico para os negócios de Musk. A avaliação é de Rosana de Moraes, professora de MBA da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e especialista em mercado de luxo.
"O Twitter pode significar também uma importante ferramenta de relações públicas e marketing para a Tesla e a SpaceX, empresas de Musk", aponta.
Dinheiro bem investido?
Elon Musk, aliás, afirmou no final de 2021 que venderia as ações da Tesla e repassaria os valores da venda para a Organização das Nações Unidas (ONU), caso houvesse um plano para combater a fome no mundo. Na ocasião, ele prometeu 6 bilhões de dólares para esse programa, depois que representantes da ONU cobraram dos mais ricos ajuda para as pessoas que passam fome.
Segundo levantamento feito pelo Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU, de 2019, seriam necessários 10 bilhões de dólares por ano para combater a fome em 80 países. Com o valor pago por Musk na compra do Twitter, os 44 bilhões de dólares, seria possível repetir esse programa por mais de 4 anos.
O montante desembolsado por Musk na aquisição do Twitter poderia comprar centenas de outras coisas também. Veja outras possibilidades:
214 jogadores como Vinicius Junior
Recentemente, Vinicius Jr se tornou o jogador mais valioso do mundo, segundo a pesquisa do Observatório de Futebol do CIES, da Suíça. A joia do Real Madrid está custando, atualmente, 166 milhões de euros (R$ 1 bilhão).
Dez Chelseas
O oligarca russo Roman Abramovich, que recentemente abriu mão da direção do Chelsea, decidiu colocar o clube à venda. Segundo o site 'The Athletic', a venda do clube inglês pode chegar a 3 bilhões de libras (cerca de R$ 19,5 bilhões na cotação atual) — o que seria o maior valor já pago por uma equipe esportiva.
38 seleções da Inglaterra
Entres as equipes que disputarão a Copa do Mundo no Catar, a seleção da Inglaterra reúne o elenco mais valioso, avaliado em 1 bilhão de euros (R$ 5,5 bilhões), segundo dados do Transfermarkt, site especializado em transações.
Seis Palácios de Buckingham
Considerada uma das casas mais caras do mundo, o Palácio de Buckingham fica localizado em Londres e é a residência da rainha Elizabeth II. Embora não esteja à venda, o imóvel da família real britânica ocupa o topo da lista e está avaliado em cerca de 2,9 bilhões de dólares. O palácio possui 775 cômodos, incluindo 78 banheiros, 52 quartos e 92 escritórios.
1.466 unidades do diamante Tiffany
Avaliado em 30 milhões de dólares (cerca de R$ 160.836.000), o diamante amarelo e exclusivo da Tiffany's já foi usado pelas cantoras Lady Gaga e Beyoncé. Se quisesse, Elon Musk poderia usar o valor da compra do Twitter para adquirir 1.466 unidades do diamante.
107 jatinhos
Elon Musk poderia também encomendar o jato 787-8 Dreamliner, do bilionário Roman Abramovich. Com o dinheiro investido no Twitter, não apenas um, mas 107 unidades do jatinho mais caro do mundo. Segundo a Forbes, o jato foi avaliado em 264 milhões de libras (R$ 2 bilhões).
Dez iates
Revestido por 100 mil quilos de ouro maciço e platina, dourado da âncora ao casco. Assim é o iate History Supreme, criado por Stuart Hughes e comprado por Richard Kuok, o homem mais rico da Malásia. A aquisição custou 4,5 bilhões de dólares, o equivalente a R$ 20 bilhões. Se quisesse, Musk poderia comprar dez desse.