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A Transformação Digital e o Papel do CIO

1 jun 2015 - 08h40
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No dia 28/05/2015 participei de um debate a respeito do tema título deste post. A convite da Amcham, através do Edson Fonseca, CIO do banco DLL, pude trocar idéias a respeito do tema junto com o Luiz Ramos, CIO do grupo RBS. Foram muitos os temas abordados e neste post vou apenas focalizar minha opinião se é ou não papel da Tecnologia ser o impulsionador da mudança nos negócios.

Sem dúvida a Tecnologia pode impulsionar uma forte mudança e muitas melhorias em diversos negócios, mas verdadeiramente, para negócios existentes, o driver da mudança não é a tecnologia, é o negócio. Se o driver de mudança for puramente uma demanda tecnológica é certo de que isto passa a ser "um problema de Tecnologia".  Não haverá engajamento das diversas áreas da empresa e não havendo, não ocorrerá a mudança que esta tecnologia poderia impulsionar.  Já se o driver da mudança for a necessidade do negócio, certamente o enfoque será outro e a tecnologia poderá viabilizar a transformação necessária.

Isto significa que não pode partir do CIO a idéia que provocará a mudança no negócio? Pelo contrário, em minha opinião é papel fundamental do CIO entender MUITO do negócio e MUITO de tecnologia e a partir deste conhecimento propor mudanças que afetem o negócio como um todo. Não acredito no papel do CIO técnico, enfiado dentro de um datacenter ou sentado em uma mesa apenas gestionando projetos e equipes de desenvolvimento, o CIO na minha opinião é parte integrante do board, senta junto com os demais diretores para discutir a estratégia da empresa e tem papel fundamental na inovação que se possa produzir através da tecnologia. Mas tudo tem haver com o resultado final para o negócio.

Porém, há um segundo ponto em que a tecnologia é sem dúvida o driver da transformação: para os negócios não existentes. Hoje é praticamente impossível pensar em criar um novo negócio se não houver como base uma forte plataforma tecnológica. É aquele momento de criar o que não sabemos, de descobrir o novo e fazer aquilo que nem as pessoas sabiam que precisavam. Foi assim que surgiu o Google, o Facebook, o Ipod, o Iphone e tantos outros produtos e serviços que hoje existem e que há pouco tempo atrás não existiam pelo simples fato de que ninguém os havia inventado. Nestes casos a tecnologia realmente produziu um negócio (eu diria vários) e uma mudança de comportamento nas pessoas.

Através da transformação digital estamos vendo uma onda sem precedentes de empreendedorismo ao redor do mundo. Com um smartphone na mão e algum conhecimento de tecnologia voltada às plataformas que os suportam (hoje idealmente Android e IOS como quase a totalidade do mercado), o mundo das start-ups explode atrás da solução mágica que possa criar algo de valor que não exista e que possa ser a próxima novidade do mercado, ou quem sabe, a próxima grande novidade dentro destas plataformas já existentes. O certo é que neste caso novamente é sim a tecnologia o impulsionador, o driver da mudança.

Isto nos faz pensar sobre outro aspecto: se em negócios existentes necessitamos do engajamento da empresa como um todo para provocar as mudanças necessárias, o que convenhamos é muito mais difícil que simplesmente tentar fazer algo novo a partir do zero, é possível que estas empresas compitam com a velocidade dos novos empreendedores? Este tema deixarei para um próximo post!

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