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Nas redes, políticos repercutem tentativa de insurreição golpista em Brasília

Deputados de esquerda afirmam que parlamentares bolsonaristas participam de grupos golpistas. Parlamentares bolsonaristas apoiam insurreição

8 jan 2023 - 16h40
(atualizado às 21h37)
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Na tarde de domingo, 8.jan.2023, bolsonaristas invadiram os prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto, quebrando vidraças e causando danos, em uma tentativa de insurreição contra o governo Lula, que tomou posse no começo de 2023.

Foto: Núcleo Jornalismo

O Núcleo compilou uma série de tweets de políticos brasileiros e internacionais repercutindo o ataque as instituições nas redes sociais.

O presidente Lula se pronunciou no final da tarde de domingo. A assessoria do presidente transcreveu partes de seu discurso no Twitter. Durante o discurso, Lula anunciou uma intervenção federal no governo do Distrito Federal, e pediu que insurreicionistas sejam responsabilizados legalmente.

O presidente dos Estados Unidos Joe Biden condenou o ataque as instituições em sua conta oficial do Twitter. "As instituições democráticas brasileiras têm nosso total apoio e a vontade do povo brasileiro não deve ser minada", escreveu. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e outros parlamentares americanos também se posicionaram ao longo do dia.

O ex-presidente Jair Bolsonaro se pronunciou 7 horas após o começo dos ataques. "Ao longo do meu mandato, sempre estive dentro das quatro linhas da Constituição respeitando e defendendo as leis, a democracia, a transparência e a nossa sagrada liberdade. No mais, repudio as acusações, sem provas, a mim atribuídas por parte do atual chefe do executivo do Brasil", escreveu.

O ministro do STF e presidente do TSE, Alexandre de Moraes, se pronunciou no Twitter sobre os ataques no começo da noite de domingo. Durante a invasão ao prédio do Supremo, a porta do armário onde é guardada a toga usada em plenário pelo ministro chegou ser arrancada.

Pouco após o começo da invasão, o ministro da Justiça Flávio Dino usou o Twitter para criticar a insurreição e disse que o governo do Distrito Federal irá agir.

Horas após o começo da insurreição, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), se manifestou pelo Twitter. Em uma thread, Lira disse que os responsáveis pelos atos golpistas serão identificados e punidos.

O deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) pediu que os golpistas fossem responsabilizados e presos.

Já o deputado André Janones (AVANTE-MG) afirmou que alguns parlamentares fazem parte de grupos e canais dos insurrecionistas, e pediu a cassação de seus mandatos.

Sérgio Moro, senador eleito em 2022 pelo União Brasil (partido que possui 2 ministros no governo Lula), ex-juiz e ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, apoiou os manifestantes golpistas e criticou a "repressão" do governo Lula contra a invasão.

O deputado Bibo Nunes (PL-RS) se posicionou de maneira favorável aos manifestantes, dizendo que a "voz do povo é soberana".

Em uma thread, a deputada Erika Hilton (PSOL-SP) pediu que os insurrecionistas sejam responsabilizados e punidos legalmente. Ela também pediu uma investigação sobre supostos agentes de segurança pública envolvidos na invasão do Congresso.

No Facebook, o deputado Eros Biondini (PL-MG) publicou (e apagou) uma foto da invasão do Congresso com a legenda "A casa do povo!".

Outros políticos, como o senador Weverton Rocha (PDT-MA) e o deputado Marcon (PT-RS) publicaram postagens no Facebook pedindo que os golpistas sejam responsabilizados legalmente.

Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, disse no Twitter ter conversado com o governador do DF.

O líder do governo no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), também se manifestou.

A presidente do PT e deputada, Gleisi Hoffmann (PT-RS), criticou a resposta do governo do DF e pediu que golpistas sejam punidos.

A senadora Kátia Abreu (PP-GO) questionou a falta de ação da PRF (Polícia Rodoviária Federal).

Em um fio no Twitter, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, afirmou que é preciso respeitar a democracia e que houve uma tentativa de golpe no Brasil.

O deputado democrata Joaquin Castro, membro da Comissão de Relações Exteriores da Congresso dos Estados Unidos, afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não deve se refugiar na Flórida, onde ele estaria "se escondendo da responsabilidade dos seus crimes".

O parlamentar norte-americano também disse à CNN dos Estados Unidos que Bolsonaro deveria ser extraditado.

A deputada democrata norte-americana Alexandria Ocasio-Cortez também afirmou que os EUA "devem parar de conceder refúgio a Bolsonaro na Flórida".  E relembrou o episódio do Capitólio.

"Quase 2 anos depois que o Capitólio dos EUA foi atacado por fascistas, vemos movimentos fascistas no exterior tentando fazer o mesmo no Brasil", postou a deputada.

O presidente da França, Emmanuel Macron, manifestou seu apoio ao presidente Lula (PT) em um post em português.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, condenou os ataques contra as sedes da Presidência da República, do Congresso Nacional e do STF.

O senador americano Bernie Sanders se pronunciou pelo Twitter e condenou a insurreição. "Os ataques de hoje são exatamente o motivo pelo qual insisti para que o Senado aprovasse uma resolução apoiando eleições livres e democráticas no Brasil. Trata-se de saber se o Brasil é ou não uma democracia. Estamos ao lado do governo democraticamente eleito do país e condenamos esta violência autoritária", escreveu.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, também se manifestou contra o ataque às instituições brasileiras.

Edição Sérgio Spagnuolo e Julianna Granjeia
Núcleo Jornalismo
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