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Nasa acelera plano para lançar satélites rastreadores de furacões; entenda

Em junho, uma falha de foguete da Astra não conseguiu entregar dois cubesats Tropics em órbita; furacão Ian provou importância do assunto

13 out 2022 - 11h28
(atualizado em 18/10/2022 às 15h08)
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Imagem de satélite do olho do furacão Ian tirada em 28 de setembro de 2022
Imagem de satélite do olho do furacão Ian tirada em 28 de setembro de 2022
Foto: Joshua Stevens / Nasa/Divulgação

A Nasa está em busca de novos foguetes depois que um plano de lançamento falhou em entregar dois cubesats (tipo de satélite miniaturizado para pesquisas espaciais e comunicações radioamadoras) ao espaço em junho. De acordo com a agência, as necessidades de rastreamento de furacões são "urgentes".

A ideia é que mais empresas licitem o lançamento de sua linha de satélites Tropics (Observações Resolvidas no Tempo da Estrutura de Precipitação e Intensidade da Tempestade com uma Constelação de Pequenos Satélites, na sigla em inglês) em 2023, depois que seu fornecedor inicial, Astra, perdeu um foguete carregando dois deles no lançamento de estreia em 12 de junho. O motivo da perda ainda está sob investigação. 

O rastreamento de furacões se tornou uma urgência para a agência espacial depois que tempestades tropicais intensas — como o furacão Ian — atingiram partes do Canadá, Estados Unidos e Caribe. Eventos semelhantes se intensificam à medida que mudanças climáticas avançam. 

Preocupação com furacões

Após passar por Cuba, onde deixou um rastro de destruição, o furacão Ian atingiu os Estados Unidos no dia 28 de setembro, como um fenômeno de categoria 4 (a segunda mais alta na escala), com ventos de mais de 240 km por hora.

Desde 2000, dezenas de furacões provocaram grandes danos no Caribe, América Central, EUA e Canadá. No mais notório, o Katrina, pelo menos 1.800 pessoas morreram e prejuízos estimadas em mais de US$ 100 bilhões foram causados

Satélites de monitoramento em órbita

Para colocar a missão Tropics em órbita até 2023, a Nasa disse que recorrerá a 13 empresas pré-aprovadas sob um contrato de serviços de lançamento comercial, conhecido como VADR (aquisição classe-de-risco de dedicados e carro compartilhado, na sigla em inglês). 

Em um comunicado, funcionários da agência escreveram: “o contrato VADR permite que as 13 empresas selecionadas este ano concorram pela relicitação dos serviços de lançamento do Tropics, dando à agência e às partes interessadas externas a capacidade de usar os dados do Tropics com antecedência". 

O objetivo da missão é permitir que pesquisadores visualizem os ciclones tropicais em evolução a cada hora, com muito mais frequência do que atualmente é possível com satélites meteorológicos em órbita.

O foguete Rocket 3.3 da Astra, que não conseguiu lançar o Tropics, teve várias falhas durante as tentativas, levando a empresa a cancelar essa linha de foguetes em agosto para se concentrar em uma versão melhorada, chamada Rocket 4.0. Antes da falha, a companhia havia sido selecionada em 2021 para três lançamentos Tropics no agora cancelado Rocket 3.3.

A Nasa e a Astra modificaram o contrato de serviços de lançamento para "o lançamento de cargas científicas comparáveis” assim que o Rocket 4.0 estiver pronto.

Fonte: Redação Byte
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