Nasa não tira os olhos da mancha solar potencialmente perigosa: por quê?
Nesta quarta-feira (20), a mancha solar sofreu uma erupção e causou blecautes em sinais de rádio na Terra
Uma mancha solar incomum e potencialmente perigosa vem sendo monitorada pela Nasa. O que chama a atenção, é uma característica "estranha" da mancha AR36215, que pode causar uma reconexão magnética e fortes explosões solares.
Nesta quarta-feira (20), a mancha solar sofreu uma erupção e causou blecautes em sinais de rádio na Terra, especialmente redor do Oceano Índico.
Até o momento, a AR3615 é a mais ativa dentre as manchas no lado visível das estrelas. A expectativa é de que ela produza mais algumas explosões de classe C (menores), com 40% de chance de eventos classe M (médios) e 5% de chance de explosões classe X (fortes).
Características
Geralmente, a maioria das manchas solares são bipolares – com apenas dois polos magnéticos dominantes (positivo e negativo). Porém, a AR3615 parece ter diversos polos juntos.
Com a proximidade de múltiplos positivos (+) e negativos (-) em um único grupo de manchas solares pode levar a uma reconexão magnética e fortes explosões solares.
Segundo a plataforma de meteorologia e climatologia espacial Spaceweather.com, a radiação ultravioleta da erupção ionizou o topo da atmosfera da Terra, causando um apagão de rádio de ondas curtas sobre o oeste dos EUA.
Agora, espera-se que a mancha atualmente ativa AR3615 produza mais algumas explosões de classe C (menores), com 40% de chance de eventos classe M (médios) e 5% de chance de explosões classe X (fortes).
Esses eventos são classificados em um sistema de letras pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA): A, B, C, M e X – com base na intensidade dos raios-X que elas liberam, com cada nível tendo 10 vezes a intensidade do anterior.
Perigos para a Terra?
De acordo com informações do site Space Weather Live, as manchas solares já foram responsáveis por cerca de 16 erupções solares de classe C e 3 de classe M. Sendo que as classes M e X podem afetar o planeta e causar alguns efeitos negativos, como fortes tempestades geomagnéticas.
Uma explosão solar geralmente ocorre quando a energia magnética se acumula na atmosfera do Sol e libera uma grande quantidade de energia e radiação eletromagnética de uma hora para outra, incluindo microondas, ondas de rádio, raios-x, raios gama e luz visível. Normalmente, essas erupções surgem em regiões do Sol com manchas solares, onde há campos magnéticos mais potentes.
Os cientistas afirmam que a atividade solar segue um ciclo que acontece a cada 11 anos, causando picos de erupções solares, como o que está acontecendo agora. O máximo desse pico deve ocorrer em 2025. Leia mais aqui.