Nascem primeiros bebês concebidos por robô que injeta esperma

Que a tecnologia embrionária está avançando de uma forma sem precedentes, não é novidade. O curioso é que agora os bebês podem ser gerados por robôs — não diretamente, mas com uma grande ajuda.

Como revelado pelo MIT Review Technology, em abril deste ano nasceram nos EUA os primeiros bebês concebidos por uma injeção de esperma. A novidade foi desenvolvida pela Overture Life.

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No ano passado, uma equipe de engenheiros da empresa em Barcelona, Espanha, empacotou o robô injetor de sêmen e o enviou via DHL (correio expresso internacional) para a cidade de Nova York.

Robô injetor

O robô foi então levado para uma clínica chamada New Hope, onde profissionais montaram o instrumento, encaixando um microscópio, uma agulha mecanizada, uma pequena placa de Petri (utilizada em laboratórios de microbiologia) e um notebook.

A injeção no óvulo foi feita por uma engenheira sem experiência em medicina reprodutiva que usou um controle do PlayStation 5 (Sony) para posicionar a agulha robótica. 

A base do procedimento já é conhecida da medicina: a Fertilização in Vitro (FIV). Neste tratamento, a reprodução humana assistida acontece quando realiza a fecundação do óvulo com o espermatozoide em ambiente laboratorial, formando embriões que serão cultivados, selecionados e transferidos para o útero.

Porém, pela primeira vez esse procedimento foi feito por um robô. Com a ajuda de uma câmera, a agulha avançou sozinha (comandada pelo controle), penetrando no óvulo e depositando um único espermatozóide. Ao todo, o robô foi usado para fertilizar mais de uma dezena de óvulos.

Mais informações ainda não foram divulgadas, no entanto, a Overture Life afirma que o dispositivo é um primeiro passo para automatizar a fertilização in vitro e potencialmente tornar o procedimento menos caro e muito mais comum do que é hoje.

Ao MIT, os pesquisadores disseram que os resultados do experimento foram embriões saudáveis, que deram origem a duas meninas consideradas as primeiras pessoas nascidas após a fertilização por um “robô”.