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Analistas: Facebook pode lucrar com busca, mas sem ameaçar Google

16 jan 2013 - 12h31
(atualizado às 12h59)
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A nova ferramenta de busca do Facebook tem forte potencial de geração de receita para a companhia de redes sociais, mas não deve desafiar a supremacia do Google nas buscas de Internet, pelo menos no curto prazo, disseram analistas na quarta-feira.

Facebook lançou nova ferramenta de buscas em versão de testes na terça-feira
Facebook lançou nova ferramenta de buscas em versão de testes na terça-feira
Foto: Reuters

A ferramenta Busca Social demonstrada na terça-feira permite que os usuários vasculhem os dados de sua lista de amigos para encontrar toda espécie de coisa, de restaurantes a recomendações de filmes, e representa a maior incursão do Facebook nas buscas online.

"Vemos algumas categorias de sugestões fortemente monetizáveis no Graph Search (restaurantes próximos, jogos), e deve ser fácil incorporar resultados comerciais de buscas, por meio da parceria entre o Facebook e o Bing", afirmou a BofA Merrill Lynch aos seus clientes em nota.

O Facebook no momento tem parceria com a Microsoft, cujo serviço de buscas Bing oferece resultados de busca em sites externos. A Microsoft também integra alguns resultados do Facebook aos retornos de busca do Bing.

A corretora estimou que o Facebook poderia ampliar sua receita anual em US$ 500 milhões caso seja capaz de gerar um clique pago por usuário/ano, e elevou o preço-alvo para as ações da companhia em quatro dólares, para US$ 35.

"No momento, não consideramos o Graph Search como ameaça ao Google nas buscas de Internet. No futuro, as buscas no Facebook podem concorrer com certas categorias de buscas do Google, como as buscas de lugares e mapas", afirmou a instituição.

O Google vem tentando combinar redes sociais e buscas há mais de um ano, integrando o serviço Google+ ao seu sistema de buscas.

As ações do Facebook estavam quase estáveis antes da abertura do pregão, na quarta-feira, porque o anúncio da ferramenta de busca ficou aquém de algumas previsões mais otimistas, incluindo a de que a empresa lançaria um smartphone próprio ou um programa de buscas na Internet.

As ações da companhia subiram em cerca de 50% desde novembro, depois de meses de desempenho fraco em função dos problemas em sua oferta pública inicial, em maio na Nasdaq. Elas fecharam a US$ 30,10, com queda de três por cento, na terça-feira.

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