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Apple rejeita acusação de "conspiração" com editoras em e-books

15 mai 2013 - 14h04
(atualizado às 14h34)
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<p>Apple teria tentado aumentar pre&ccedil;os antes de lan&ccedil;ar o iPad</p>
Apple teria tentado aumentar preços antes de lançar o iPad
Foto: Divulgação

A Apple rebateu às acusações do Departamento de Justiça dos Estados Unidos de que conspirou com editoras para elevar os preços de livros eletrônicos, dizendo que negociou com uma série de empresas separadamente e fez diferentes acordos com cada uma. O órgão do governo americano acusou Cupertino, em abril de 2012, de conspirar com cinco editoras para elevar os preços, conforme a gigante do Vale do Silício preparava-se para lançar o seu iPad no início de 2010.

Desde então, a fabricante do tablet teria estabelecido acordos com as editoras HarperCollins Publishers da News Corp, Simon & Schuster da CBS, Hachette Book Group da Lagardère SCA, Macmillan, unidade da Verlagsgruppe Georg von Holtzbrinck GmbH, e a Penguin Group da Pearson. Mas a Apple disse que os editores tinham decidido, independente de Cupertino, eliminar descontos dos preços nas vendas por atacado de e-books, para vender livros de capa dura primeiro às livrarias e tomar outras medidas para pressionar aumento de preços pela Amazon, que preferia mantê-los baixos.

A Apple, então no processo de desenvolvimento do iPad, se aproximou das editoras para criar livrarias online, e fez as seguintes exigências: comissão de 30%, que os editores não vendessem a preços menores, e que acabassem com a prática de estimular a venda em livrarias físicas. Segundo a Maçã, cada editora teve diferentes contrapropostas.

"Os primeiros pontos de negociação e contenção foram mais sobre os preços máximos da Apple e os 30% de comissão. Depois que a Apple enviou um projeto de contratos de agência a cada CEO das editoras, em 11 de janeiro, cada um se colocou imediatamente contra os limites e níveis de preços da Apple", informou a companhia em um documento de 81 páginas.

O Departamento de Justiça argumentou que a Apple e as editoras combinaram de aumentar os preços por meio de uma agência de precificação, em que as editoras determinavam preços no varejo. Em uma apresentação divulgada na terça-feira, o Departamento de Justiça disse que Steve Jobs, CEO da Apple na época, "admitiu a conspiração de fixação de preços", quando disse a seu biógrafo que a Apple "havia dito às editoras: 'Nós vamos para a agência modelo, onde você define o preço, e nós temos os nossos 30%, e sim, o cliente paga um pouco mais, mas isso é o que você quer de qualquer maneira."

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