Brasileiro leva US$ 100 mi com venda do Instagram para Facebook
9 abr2012 - 16h52
(atualizado às 17h42)
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O brasileiro Mike Krieger, um dos fundadores do aplicativo de compartilhamento de imagens Instagram, lucrou US$ 100 milhões com a venda da companhia para o Facebook nesta segunda-feira. De acordo com uma reportagem da Wired, Krieger tinha 10% da empresa, que foi vendida para a maior rede social do mundo por US$ 1 bilhão. O outro fundador e CEO, Kevin Systrom, levou US$ 400 milhões pelos 40% da participação na empresa.
O brasileiro Mike Krieger é um dos fundadores do Instagram
Foto: Twitter / Reprodução
Empresas que investiram em uma rodada de financiamento do Instagram vão levar, somadas, US$ 380 milhões. Os 13 funcionários da companhia, de acordo com a Wired, vão receber um bônus total de quase US$ 100 milhões, valor atribuído de acordo com o tempo de empresa de cada um.
Formado pela Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, onde estudou Sistemas Simbólicos com foco em Interação Homem-Computador, Krieger foi estagiário da Microsoft como desenvolvedor de software. Depois de formado, trabalhou no Meebo antes de ajudar a fundar o Instagram.
Em janeiro, Krieger esteve entre os 21 convidados de Michelle Obama, ao lado da viúva de Steve Jobs, imigrantes e microempresários, para assistir ao discurso do presidente americano, Barack Obama, sobre o Estado da União.
O Instagram foi lançado como aplicativo exclusivo para o iPhone, em 2010, e conseguiu reunir mais de 27 milhões de usuários. O sucesso do app fez com que seus criadores levassem o programa de filtros de fotos para os smartphones com Android, o sistema operacional do Google. O lançamento no Google Play, loja de aplicativos do Android, foi na terça-feira, e já nesta quarta surgiram contas no Tumblr criticando uma possível "orkutização" do Instagram
Foto: orkutgram.tumblr.com / Reprodução
O termo "orkutização" é usado em referência à suposta "invasão" de usuários do Orkut em outras redes sociais, como Twitter e Facebook. Na maioria das vezes usado em tom pejorativo, reclama da chegada dos usuários mais recentes do Orkut - tidos como pessoas de baixa renda - a redes que ainda se conservavam, na mesma lógica de pensamento, mais "classe média/alta"
Foto: orkutgram.tumblr.com / Reprodução
A ideia da "orkutização" do Instagram após sua chegada ao Android se apoia, em parte, no fato de que o sistema operacional roda em aparelhos de faixas de preço muito distintas, e na maior parte das vezes inferior ao valor do iPhone da Apple. Por isso, as imagens postadas em contas do Tumbr como Orkutgram e Android no Instagram mostram situações e produtos estereotipados como sendo de pessoas de renda mais baixa
Foto: orkutgram.tumblr.com / Reprodução
Foto de pães passou por filtra Lord Kelvin do Instagram
Foto: androidnoinstagram.tumblr.com / Reprodução
O dono da conta Orkutgram, @catupiry, afirma em seu perfil do Twitter que participou de sites de humor como Humortadela e Kibeloco
Foto: orkutgram.tumblr.com / Reprodução
O perfil do Android no Instagram traz a descrição, "chegamos! hipsters, chorem!". Hipsters são pessoas que acompanham tendências, e em geral o termo é usado no sentido pejorativo indicando um grupo que gosta de ter objetos, usar acessórios e fazer coisas que antes de elas virarem moda
Foto: androidnoinstagram.tumblr.com / Reprodução
Usuário fotografa dedos do pé com filtro Nashville do Instagram
Foto: orkutgram.tumblr.com / Reprodução
No Orkutgram e no Android no Instalagram, ao copiar as fotos do aplicativo os donos das contas escrevem comentários com erros de grafia e coesão, em geral com conteúdo pouco lisonjeiro