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CEO do Yahoo! é questionada sobre rigor excessivo em contratações

12 mar 2013 - 15h05
(atualizado às 17h24)
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Marissa Mayer assumiu como CEO do Yahoo! em julho de 2012
Marissa Mayer assumiu como CEO do Yahoo! em julho de 2012
Foto: Getty Images

A presidente-executiva do Yahoo!, Marissa Mayer, foi questionada em uma reunião interna com o pessoal da empresa, semanas atrás, sobre a possibilidade de que suas práticas rigorosas de contratação tenham levado a companhia a perder engenheiros talentosos, no hipercompetitivo mercado de empregos do Vale do Silício.

Mayer rejeitou a queixa de que havia recusado bons candidatos porque eles não tinham diplomas de universidades prestigiosas, e rebateu desafiando seu pessoal a trabalhar melhor no recrutamento, de acordo com um funcionário que participou da reunião.

"Por que não podemos simplesmente melhorar nas contratações?", respondeu Mayer, aludindo a um diálogo de Say Anything, filme de 1989 que ela descreveu como um de seus favoritos, conta o funcionário. Ele pediu que seu nome não fosse mencionado porque não está autorizado a discutir assuntos internos do Yahoo!.

A pergunta, de acordo com fontes informadas sobre o Yahoo!, reflete preocupações mais amplas entre o gerentes de contratações e os demais funcionários, sobre a maneira pela qual Mayer, que assumiu como presidente-executiva em julho passado, alterou as práticas de contratação, como parte de seu esforço para transformar a cultura e a força de trabalho da empresa.

Mayer insiste em revisar pessoalmente todas as novas contratações, prática que seus defensores afirmam ser necessária para reforçar a disciplina da companhia. Os críticos, no entanto, afirmam que o rigor de seus padrões está tornando ainda mais difícil preencher as vagas para as quais o Yahoo! já tem dificuldade em encontrar candidatos.

<p>Yahoo! tem 900 vagas abertas, cerca de 8% do total de 11,5 mil funcionários</p>
Yahoo! tem 900 vagas abertas, cerca de 8% do total de 11,5 mil funcionários
Foto: Denis Balibouse / Reuters

Mesmo antes da controvérsia causada pela decisão de Mayer de proibir o teletrabalho para os funcionários do Yahoo!, no mês passado, a companhia já enfrentava problemas diante da percepção de que seu momento passou, de acordo com consultores de recrutamento.

Além disso, o Yahoo! enfrenta feroz concorrência pelo talento no Vale do Silício, onde Google e Facebook são empregadores mais prestigiosos e empresas iniciantes podem oferecer a novos contratados o atrativo de ações em uma futura oferta pública inicial.

O Yahoo! não quis comentar sobre o assunto ou disponibilizar Mayer para uma entrevista.

A executiva disse a investidores, em janeiro, que o Yahoo! estava vendo um aumento no volume e qualidade de candidatos a trabalho no grupo, e que o atrito entre "o talento de melhor desempenho" estava bem menor do que no passado.

Mesmo assim o Yahoo! tem cerca de 900 vagas de trabalho abertas, representando cerca de 8% de sua força de trabalho, de 11,5 mil pessoas, segundo seu website. Algumas das vagas estão abertas há meses.

O Google, em comparação, tem quase 1.000 vagas abertas, mas que representam apenas 2% de uma força de trabalho que é quatro vezes maior do que a do Yahoo!.

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