Companhia pode ser comprada pelo preço certo, diz CEO da TIM
Presidente da Telecom Italia também afirmou que, no momento, a empresa não tem interesse em comprar a Oi
O Presidente-executivo da Telecom Italia apontou que se vier uma proposta certa, a TIM, operação da companhia italiana no Brasil, poderá ser comprada.
"O mercado brasileiro ainda pode exprimir muita possibilidade interessante. Quando você tem essa visão de largo prazo, eu acho que outra possilidade tem que ser avalidada comparativamente com essa. Se alguém quiser convencer a Telecom Italia de não ficar no Brasil tudo tem um preço", afirmou Marco Patuano.
Se esquivando sobre um valor, o presidente da Telecom Italia preferiu não dizer o valor. Mas, ao ser perguntado se a referência seriam 7 bilhões de euros - da última aquisição feita pela Telefónica - Patuano disse que é uma "boa referência" para ser usada como "critério".
Em visita ao Brasil durante a edição 2014 da Futurecom, evento que discute o futuro das telecomunicação em São Paulo, o CEO da companhia italiana com representação no País afirmou que, no momento, a Telecom Italia não tem interesse em comprar a Oi, empresa que sofreu um recente revés com o negócio da Rio Forte e não entrou no leilão pela faixa do 4G no Brasil.
Ele ainda afirma que uma empresa de telefonia que não tiver como se firmar não poderá ser consolidada pelo mercado.
"O grande desafio é ter a quantidade de operadoras que faz a quantidade de investimento para competir. A única forma para competir é qualidade e para isso necessita de investimento", dissePatuano. "Se as operadoras não tem possibilidade de fazer os investimento, não creio que necessita de consolidação. Obviamente, se tem a possibilidade de fazer investimento, a consolidação seria boa para o mercado".
Questionado se este é o caso da Oi, Patuano apenas respondeu que "precisa perguntar para a Oi".
Divisão da TIM
Sobre e a contratação do banco de investimento do Bradesco para avaliar as oportunidades do mercado, Marco Patuano afirmou que isto seria apenas uma forma de ver "as possibilidades de crescer no mercado". Ele ainda uma provável divisão da Telecom Italia descartou a divisão, que hoje tem a Telefónica como uma de suas sócias em parte das ações.
"Não tem no mundo muitos mercados com a perspectiva dos mercados brasileiros. Os brasileiros talvez não consideram que existe só o crescimento. Se você vê na Europa faz vários anos que a economia não tem esse crescimento. Como investidor estrangeiros não estamos muito preocupados com a situação contigente da economia brasileira", afirmou o CEO italiano.
Investimentos
Patuano afirmou que a Telecom Italia ainda acredita no mercado brasileiro como uma opção e que a companhia pretende continuar a investir no País. Ele cita como exemplo a recente compra da faixa de 700 MhZ da quarta geração da internet móvel, o 4G. "Fizemos a nossa oferta para o espectro do 4G. Eu acho que além dos dados móveis, isso é o mais importante para o caminho estratégico. E ainda temos que investir no 3G".
Patuano ainda afirma que a tendência da TIM no Brasil é de crescimento. Para isso, a empresa está trabalhando no plano estratégico bianual, entre 2015 e 2017. Porém, ele leva em conta que os outros países onde a companhia italiana está presente.