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Navegar no Facebook ajuda avaliação de alguns investidores

9 ago 2013 - 14h19
(atualizado às 14h26)
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A analista sênior de ações da Thrivent Financial em Minneapolis, Nabil Elsheshai tinha dito à sua empresa para não comprar ações na oferta pública inicial do Facebook no ano passado, por US$ 38 por ação, devido a preocupações de que estavam muito caras.

Mas Elsheshai, 44 anos, continuou a usar o Facebook em seu tempo pessoal, e na primavera (do Hemisfério Norte) deste ano ele notou que anúncios de empresas como eBay e de montadoras estavam aparecendo no seu "feed de notícias", em uma parte central do site.

Depois de uma pesquisa mais quantitativa, ele foi convencido de que o Facebook estava colocando sua estratégia de publicidade em ordem. Elsheshai sugeriu à Thrivent que era hora de comprar as ações, conselho que a empresa seguiu em junho. O portfólio de US$ 950 milhões da Thrivent Large Cap comprou 572.200 ações do Facebook naquele mês, de acordo com dados da Lipper, em um momento em que a ação estava sendo negociada em torno de US$ 24.

Essa aposta foi vista como um presságio em 24 de julho, quando o Facebook divulgou resultados trimestrais mais fortes do que o esperado e suas ações subiram 40 por cento na semana seguinte, chegando pela primeira desde o IPO a ser cotada a US$ 38. Nesta sexta-feira, as ações estão sendo cotadas acima de US$ 38,5;

O investimento oportuno da Thrivent esconde os desafios de investir na maior rede social do mundo.

A oferta pública do Facebook foi um das mais esperadas de 2012, mas preocupações sobre se a empresa seria capaz de ampliar seus negócios de publicidade móvel ajudaram a empurrar para baixo o preço da ação, que chegou a ser cotada a US$ 17,55  em setembro passado.

Kathryn Spica, uma analista de fundos mútuos para Morningstar em Chicago, disse que avaliar a ação do Facebook tem sido um problema comum para muitos gestores de fundos. Tal como acontece com outras jovens empresas da Web, não fica claro quão bem a empresa pode monetizar o tráfego pesado em seu site.

"É uma ação incomum. É difícil para a indústria ter uma ideia de como eles vão gerar receita", disse ela.

Elsheshai descreveu o Facebook como nebuloso e disse que suas próprias impressões como usuário o ajudou a agir em oposição aos comentários pessimistas naquele momento.

Ele disse que a negatividade que parecia ser principalmente anedótica, como as histórias de adolescentes que mudam para outros serviços de mídia social, mas aquilo não correspondia a sua própria experiência ou aos dados que ele via.

"Parecia claro que você estava começando a ver um conjunto mais amplo de anunciantes" no serviço, disse Elsheshai, que fica em Minneapolis e tem 462 "amigos" na última contagem no Facebook.

Mas bem todo investidor confia em sua própria experiência com o Facebook. Jay Welles, analista sênior de ações da Manning & Napier Inc em Fairport, New York, disse que seguiu as empresas de monitoramento da Internet, como comScore, que continuaram a informar crescente tráfego para o Facebook.

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