Netflix "deixa escapar" regras para evitar compartilhamento de senhas; confira
As medidas, que estão sendo testadas no Chile, Peru e Costa Rica, foram veiculadas nas páginas da Central de Ajuda da plataforma
-1hbah34d0yywg.jpg "Diretrizes incluem conectar dispositivos ao Wi-Fi da residência principal a cada 31 dias")
A Netflix, um dos maiores streamings de conteúdo audiovisual do mundo, publicou acidentalmente, nesta quarta-feira (1), as diretrizes que guiarão a empresa na repressão do compartilhamento de senhas entre amigos e familiares de diferentes residências. A previsão é que o novo modelo seja lançado em diversos países ainda nos três primeiros meses de 2023.
As medidas, que estão sendo testadas no Chile, Peru e Costa Rica, foram veiculadas nas páginas da Central de Ajuda da plataforma, mas logo depois o conteúdo foi retirado do ar. "Por um breve período ontem, um artigo da Central de Ajuda contendo informações que só são aplicáveis ao Chile, Costa Rica e Peru foi ao ar em outros países. Desde então, o atualizamos", esclareceu a empresa.
Os testes estão sendo feitos desde o ano passado e a ideia é que o titular da conta tenha que pagar uma taxa a mais para que um membro extra, de outra residência, possa acessar as séries e filmes disponibilizados pela gigante do streaming. Na Costa Rica, essa taxa extra é de US$ 2,99 mensais, o que equivale a cerca de R$ 15.
As informações publicadas erroneamente pela empresa sugerem que, para garantir que a conta não está sendo compartilhada fora da casa em que foi assinado o serviço, os usuários precisarão conectar seu dispositivo de visualização (seja TV, celular ou tablet) ao Wi-Fi da residência cadastrada, abrir o app da Netflix e assistir algum conteúdo pelo menos uma vez a cada 31 dias.
Quando precisar verificar um dispositivo que está sendo usado fora da residência cadastrada, um link será enviado para o e-mail da conta do titular, que deve clicar para gerar um código. Por fim, esse código deve ser inserido no aparelho dentro de 15 minutos.
Para a plataforma, o compartilhamento de senhas "prejudica a capacidade de longo prazo de investir e melhorar a Netflix". A estimativa é que mais de 100 milhões de famílias estejam compartilhando senhas atualmente. No entanto, a plataforma está ciente que poderá haver uma "reação de cancelamento" às novas medidas que serão implementadas.
A empresa está enfrentando uma crise, assim como outras big techs, e aposta tanto no oferecimento de um plano mais barato, com anúncios, quanto na repressão do compartilhamento de senhas para conseguir melhores resultados financeiros. No último ano, houve um registro de perdas de assinantes e demissões para o serviço de streaming.
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