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Neuralink cancela 2ª cirurgia em humano após complicações médicas de paciente

Empresa de chips cerebrais de Elon Musk deve continuar procura por novo candidato

1 jul 2024 - 20h25
(atualizado às 22h54)
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Neuralink é a empresa de chips cerebrais criada por Elon Musk
Neuralink é a empresa de chips cerebrais criada por Elon Musk
Foto: Reprodução/X/Neuralink

A Neuralink, uma das companhias administradas pelo bilionário Elon Musk, cancelou nesta segunda-feira, 1.º, a segunda cirurgia em um paciente humano que iria receber o chip cerebral desenvolvido pela companhia.

O cancelamento ocorreu devido à saúde do paciente, que se mostrou inapto para experimentar o dispositivo cerebral, afirma o presidente executivo do Instituto Neurológico Barrow, onde aconteceria a cirurgia, Michael Lawton em entrevista à Bloomberg.

"Selecionar o paciente certo para um teste como este é importante", disse o médico à agência americana de notícias. "Todos os envolvidos, clinicamente e cirurgicamente, querem fazer isso da forma certa."

A Neuralink não respondeu ao pedido de comentário.

Agora, a Neuralink deve voltar à etapa de procura de um paciente apto para seguir com o implante cerebral já no próximo mês. Em 20 de maio, a companhia recebeu o aval da agência sanitária americana para realizar o segundo implante em um paciente humano.

A primeira cirurgia da Neuralink em um humano ocorreu em janeiro deste ano. O paciente foi o americano Noland Arbaugh, 29, que ficou tetraplégico em 2016 com após uma lesão na medula espinhal. Com o implante da empresa de Musk, ele demonstrou ser capaz de mexer o cursor de um mouse e de jogar xadrez e até até Mario Kart "com a mente", isto é, sem necessidade de um controle ou teclado.

No início de maio, porém, foi noticiado que o Arbaugh teve problemas com o implante, que se soltou do cérebro.

O objetivo da Neuralink é desenvolver uma tecnologia capaz de habilitar pessoas com algum tipo de deficiência para que consigam usar a interface de um computador apenas com o cérebro, sem movimento das mãos ou até a voz.

Segundo a Bloomberg, o paciente cuja cirurgia foi cancelada nesta segunda-feira é portador da esclerose lateral amiotrófica (ELA), que causa uma degeneração nas células do cérebro e da espinha até que os músculos do corpo se paralisem.

Estadão
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