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NotebookLM, IA 'pensante' do Google já está disponível; conheça funções e aprenda a usar

Apesar de algumas limitações, ferramenta é capaz de resumir vídeos do YouTube, gerar apresentações e criar guias de estudo

3 out 2024 - 20h11
(atualizado às 23h07)
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O Google começou a liberar, de maneira experimental, sua nova ferramenta inteligência artificial: o NotebookLM. Lançado em julho de 2023, ele combina a funcionalidade de um bloco de notas com recursos de inteligência artificial (IA). A plataforma, inicialmente chamada de Project Tailwind, foi projetada para auxiliar usuários em diversas tarefas, como resumir textos, destacar pontos importantes, explicar conceitos e gerar novos conteúdos.

O NotebookLM utiliza o modelo de linguagem Gemini 1.5 Pro, desenvolvido pelo próprio Google, para processar informações e gerar resultados que sejam mais precisos e relevantes, já que utiliza apenas o material enviado pelo usuário, sem utilizar sua própria base de dados. A plataforma aceita uma variedade de formatos de entrada, incluindo documentos do Google Docs, apresentações de slides, PDFs, arquivos de texto, links de sites e, mais recentemente, vídeos do YouTube e arquivos de áudio.

A inteligência artificial do Google oferece diversas funções com potencial para uso prático no dia a dia. Uma delas é a capacidade de resumir documentos extensos, identificando e extraindo as informações mais relevantes de textos longos e apresentando-as de forma concisa e organizada. A ferramenta também gera automaticamente índices para documentos, facilitando a navegação e o acesso a seções específicas.

O NotebookLM, pode analisar dados de planilhas e outros documentos, gerando estatísticas e insights relevantes para o usuário, como número de vendas, por exemplo. Para estudantes, a IA permite a criação de guias de estudo personalizados, com perguntas, respostas e resumos dos principais conceitos, e gera listas de perguntas frequentes (FAQs) automaticamente, com base nos principais tópicos abordados nos documentos.

A ferramenta converte textos em diferentes formatos, como newsletters, e-mails e apresentações, e resume vídeos do YouTube, analisando o texto da transcrição, incluindo as transcrições geradas automaticamente. Também permite que os usuários carreguem e analisem arquivos de áudio, buscando por informações específicas e gerando resumos. Por fim, uma das funcionalidades mais interessantes da IA é o Audio Overview que transforma textos, anotações e documentos em um "podcast" com vozes geradas por IA, resumindo as informações em um formato de áudio.

Em outras palavras, a ferramenta é multimodal - é capaz de entender e produzir material em diferentes formatos de arquivo.

Mas ela funciona mesmo?

O Estadão testou a funcionalidade de resumo de vídeos da IA com o vídeo feito pelo Estadão Explica intitulado: RESUMO do CASO P #DIDDY: detalhes da ACUSAÇÃO, TEORIAS e CELEBRIDADES amigas do rapper. O teste foi bem-sucedido, com a IA gerando um resumo preciso e conciso do vídeo apresentado, sem inventar informações e gerando apenas o resumo do que havia no próprio vídeo. A ferramenta separou o caso em sete tópicos que julgou relevantes. Mais importante: baseado no material enviado.

No entanto, em outro teste, o NotebookLM não conseguiu ler as matérias do Estadão, mesmo aquelas abertas ao público. Em três tentativas, a inteligência artificial deu erro e não conseguiu produzir o material da maneira esperada. Isto pode limitar sua capacidade de gerar resumos de notícias e artigos da plataforma, apesar de ainda estar em fase de testes.

Confira o resumo do vídeo feito pela ferramenta na íntegra:

Contexto: o rapper P. Diddy, também conhecido como Sean Combs, foi preso em Nova York em 16 de setembro de 2024, sob acusações de crimes graves, incluindo tráfico sexual, agressão e associação criminosa. As acusações abrangem um período de 16 anos, de 2008 até o presente ano.

As acusações: no centro das acusações estão as "Freak Offs" - festas organizadas por Diddy em hotéis de luxo, caracterizadas por uso excessivo de álcool e drogas, além de exploração sexual. O governo americano alega que Diddy liderava uma "empresa criminosa" que coordenava essas festas e recrutava mulheres para explorá-las sexualmente.

Provas e Testemunhas: a acusação afirma ter "uma quantidade enorme de provas", incluindo testemunhos de várias vítimas, fotografias, vídeos e mensagens de texto. Um vídeo de 2016, divulgado pela CNN, mostra Diddy agredindo fisicamente sua ex-namorada, Cassie Ventura.

Defesa de Diddy: Diddy se declarou inocente de todas as acusações. Seus advogados argumentam que os encontros com Cassie Ventura, apesar de "chocantes", faziam parte de um relacionamento "conturbado e complexo" e não constituíam agressão sexual ou coerção.

Impacto e especulação: O caso tem gerado grande repercussão nas redes sociais, alimentando teorias da conspiração e especulações sobre o envolvimento ou silêncio de celebridades próximas a Diddy, como Jay-Z e Usher.

Teorias da Conspiração: Um livro autopublicado na Amazon, intitulado "As Palavras Perdidas de Kim: Uma Jornada pela Justiça do Outro Lado", alega conter diários da ex-esposa de Diddy, Kim Porter, descrevendo abusos sofridos por ela. A autenticidade do livro é questionada, mas alimentou ainda mais as teorias da conspiração em torno do caso.

O Silêncio das Celebridades: A rapper Nicki Minaj, ex-sócia de Jay-Z na plataforma Tidal, tem cobrado publicamente um posicionamento de Jay-Z e outros sobre o caso Diddy, a quem ela se refere como "BFF" (melhores amigos para sempre).

Próximos Passos: Diddy teve sua fiança negada e aguarda julgamento em uma prisão federal no Brooklyn. Um júri terá que decidir qual versão dos fatos é mais crível: a da acusação, que descreve um padrão de abuso e exploração, ou a da defesa, que alega que os encontros eram consensuais.

Estadão
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