Nova espécie de abelha tem "focinho" semelhante ao de cachorro
Chamada de Leioproctus zephyrus, o inseto recebeu o nome em homenagem ao animal de estimação da pesquisadora que o descobriu
Pesquisadores descobriram uma nova espécie de abelha com um "focinho" semelhante ao de um cachorro, na mata de Perth, na Austrália, por meio de pesquisas lideradas pela Universidade de Curtin. O inseto foi batizado de Leioproctus zephyrus e as descobertas foram publicadas nesta segunda-feira (31), no Journal of Hymenoptera Research.
A autora da pesquisa, Kit Prendergast, da Curtin School of Molecular and Life Sciences, nomeou a nova espécie em homenagem ao seu cachorro Zephyr. A razão foi por ter percebido que uma parte do rosto do inseto parecia semelhante ao focinho de um cão, além de reconhecer o papel do animal no apoio emocional durante seu doutorado.
Prendergast explicou em um comunicado à imprensa que quando foi identificar o inseto, percebeu que não correspondia a nenhuma espécie descrita anteriormente — já que se fosse uma espécie conhecida, seria muito fácil identificá-la, devido à aparência incomum.
Descobrindo uma nova espécie
A autora disse que só se pode confirmar uma espécie em particular depois de olhar para ela ao microscópio e passar pelo longo processo de tentar comparar suas características com outras espécies identificadas, além de comparar com espécimes em museus.
Ao examinar a coleção de Entomologia do Museu da Austrália Ocidental, a pesquisadora descobriu que alguns espécimes de Leioproctus zephyrus foram coletados pela primeira vez em 1979, mas nunca foram descritos cientificamente.
Por meio de análises de DNA, Prendergast foi capaz de confirmar que a nova abelha estava mais intimamente relacionada a outras espécies de Leioproctus não identificadas.
"Os insetos em geral são tão diversos e importantes, mas não temos descrições científicas ou nomes para muitos deles", disse ela. De acordo com a pesquisadora, "os insetos em geral são tão diversos e importantes, mas não temos descrições científicas ou nomes para muitos deles".
No caso da Leioproctus zephyrus, a espécie tem uma distribuição altamente restrita, ocorrendo apenas em sete locais no sudoeste da Austrália Ocidental até o momento. Prendergast explica que elas estavam totalmente ausentes dos jardins residenciais e presentes apenas em cinco matas urbanas remanescentes.
Segundo a equipe de pesquisa, o achado é raro e importante porque pode aumentar o conhecimento sobre a biodiversidade em evolução e garantir que as abelhas Leioproctus zephyrus sejam protegidas pelos esforços de conservação.
