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Nova IA mapeia icebergs 10 mil vezes mais rápido que humanos

Sistema foi treinado com dados do satélite Sentinel-1, da ESA e mapeou contorno das pedras de gelo num centésimo de segundo

9 nov 2023 - 10h38
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Sistema é capaz de mapear o contorno de iceberg em um centésimo de segundo
Sistema é capaz de mapear o contorno de iceberg em um centésimo de segundo
Foto: Clayton de Souza/Estadão / Estadão

Cientistas da Universidade de Leeds, no Reino Unido, desenvolveram um novo sistema de inteligência artificial (IA) capaz de mapear a área de superfície e o contorno de icebergs gigantes capturados em imagens de satélite com mais rapidez e precisão que humanos. Os resultados foram publicados na revista científica The Cryosphere.

O sistema, chamado U-net, foi treinado em um conjunto de dados de imagens de satélite de sete icebergs, com tamanhos entre 54 e 1.052 quilômetros quadrados, capturados pelo Sentinel-1 da Agência Espacial Europeia (ESA).

Os testes demonstraram que o U-net é capaz de mapear os icebergs com precisão de até 95%, superando os sistemas automatizados existentes e 10 mil vezes mais rápido que humanos.

A precisão do U-net é importante para a segurança marítima e o estudo científico dos icebergs. Essas pedras de gelo podem ser extremamente grandes e representar um risco para os navios que passam - basta lembrar do Titanic.

Além disso, à medida que derretem, eles liberam nutrientes e água doce para as salgadas, o que pode ter um impacto nos ecossistemas marinhos.

Como funciona

O U-net funciona usando uma abordagem projetada para manipulação de imagens. Ao analisar os pixels da foto, o sistema pode determinar o limite ou contorno dos objetos, neste caso o contorno do iceberg.

A IA foi capaz de mapear icebergs num centésimo de segundo, enquanto o processo feito por interpretação manual - ou humana - leva minutos e pode ser repetido inúmeras vezes, algo que torna o processo ainda mais demorado.

Anne Braakmann-Folgmann, líder do estudo, disse em um comunicado que o sistema é importante para a compreensão do processo de derretimento dos icebergs e sua influência nos ecossistemas marinhos.

Ela destacou que "a automação desse processo supera as limitações dos métodos automatizados existentes, que muitas vezes confundem icebergs com outras características de imagem".

Fonte: Redação Byte
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