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Nova interface transforma sinais cerebrais em 62 palavras por minuto

Dispositivos são importantes para pessoas com condições como a esclerose lateral amiotrófica (ELA) ou paralisias que impedem a fala

24 jan 2023 - 16h15
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A nova interface pode decodificar a fala a partir do cérebro em velocidade impressionante
A nova interface pode decodificar a fala a partir do cérebro em velocidade impressionante
Foto: Pexels

Uma equipe de pesquisadores de Stanford, nos EUA, testou uma nova interface cérebro-computador (BCI, do termo em inglês "brain computer interface") capaz de decodificar a atividade cerebral em 62 palavras por minuto, o que aumenta o recorde anterior em 3,4 vezes.

O fundador da empresa BCI Neuralink, Max Hodak, comentou que a pesquisa marca "uma mudança significativa" nas utilidades dessas interfaces, em um e-mail para o portal Futurism. O artigo, que ainda será revisado por pares, mostra que a equipe de cientistas só precisava analisar a atividade cerebral de uma parte pequena do córtex cerebral, região responsável pela nossa capacidade de pensamento, movimento voluntário, linguagem, julgamento e percepção, para convertê-la em uma fala coerente, a partir de um algoritmo de aprendizado de máquina. 

Esses dispositivos são importantíssimos para pessoas com condições como a esclerose lateral amiotrófica (ELA), que acabam perdendo a fala. Ainda que soluções com teclado tenham permitido que alguns se comuniquem até certo ponto, essas novas interfaces podem acelerar bastante a comunicação.

"Aqui, demonstramos um BCI de fala que pode decodificar frases irrestritas de um grande vocabulário a uma velocidade de 62 palavras por minuto, a primeira vez que um BCI excedeu em muito as taxas de comunicação que as tecnologias alternativas podem fornecer para pessoas com paralisia, por exemplo", dizem os pesquisadores. 

Pesquisadores ainda vão explorar outras regiões do cérebro para melhorar a interface
Pesquisadores ainda vão explorar outras regiões do cérebro para melhorar a interface
Foto: Pexels

No experimento, cientistas registraram a atividade neural de um paciente com ELA, que pode mover a boca, mas possui dificuldades para formar palavras. Analisando duas pequenas áreas do cérebro, e usando um decodificador de rede neural, os pesquisadores transformaram os sinais recebidos em palavras, em um ritmo bem rápido. 

Apesar de promissor, o sistema não é perfeito e apresentou uma taxa de erro alta, de 20%. "Nossa demonstração é uma prova de conceito de que decodificar tentativas de movimentos de fala a partir de gravações intracorticais é uma abordagem promissora, mas ainda não é um sistema completo e clinicamente viável", explicou a equipe no artigo.

Para melhorar esses problemas, os cientistas pretendem explorar mais regiões do cérebro e otimizar o algoritmo responsável pela transmissão dos códigos.

Fonte: Redação Byte
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