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Nova pesquisa deixa pele transparente utilizando corante

Segundo pesquisadores, o processo é reversível e o corante é metabolizado e excretado pelo organismo

5 set 2024 - 15h32
(atualizado às 15h35)
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Resumo
Novo método torna a pele de camundongos transparente, permitindo visualizar vasos sanguíneos e órgãos. Técnica tem potencial para diagnóstico e pesquisa de doenças.
Ilustração de uma mão humana como ela pode aparecer se o novo efeito de transparência do tecido provar ser eficaz em humanos. Atualmente, o efeito só foi testado com animais em um ambiente de laboratório
Ilustração de uma mão humana como ela pode aparecer se o novo efeito de transparência do tecido provar ser eficaz em humanos. Atualmente, o efeito só foi testado com animais em um ambiente de laboratório
Foto: Keyi “Onyx” Li/US National Science Foundation

Uma descoberta que pode mudar a medicina e a pesquisa biológica foi publicada na revista Science nesta quinta-feira (5). Cientistas da Universidade do Texas em Dallas desenvolveram uma técnica para tornar a pele de camundongos transparentes utilizando um simples corante alimentar amarelo, comumente encontrado em alimentos como salgadinhos e doces.

A chave para a descoberta é a capacidade do corante de alterar o índice de refração da pele, fazendo com que a luz passe por ela em vez de ser dispersa.

Em um comunicado, os pesquisadores explicaram que esta técnica permite visualizar diretamente vasos sanguíneos, órgãos e até mesmo o movimento peristáltico no intestino dos animais, abrindo novas possibilidades para o diagnóstico e estudo de doenças.

Como foi feito?

A aplicação é simples: uma solução de água e corante é aplicada na pele, e em poucos minutos ela se torna transparente.

Segundo os pesquisadores, o processo é reversível e o corante é metabolizado e excretado pelo organismo. “É semelhante à maneira como um creme ou máscara facial funciona: o tempo necessário depende da rapidez com que as moléculas se difundem na pele”, explica o professor Zihao Ou, principal autor do estudo, em um comunicado à imprensa.

Apesar da promessa, a técnica ainda precisa ser testada em humanos. A pele humana é mais espessa e pode exigir uma dosagem diferente do corante.

No entanto, os investigadores acreditam que esta descoberta tem um grande potencial para tornar o diagnóstico médico mais acessível e menos invasivo.

A descoberta também abre portas para novas áreas de pesquisa, como o estudo do desenvolvimento embrionário e o comportamento de células individuais em tecidos vivos. A simplicidade e o baixo custo da técnica tornam uma ferramenta poderosa para pesquisadores de diversas áreas.

Fonte: Redação Byte
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