Novo cometa pode brilhar mais que estrelas no céu; saiba mais
Descoberto em janeiro, o objeto está a caminho do Sol para completar sua órbita e pode se tornar tão brilhante quanto Vênus em 2024
O cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan-ATLAS) está despertando expectativas de um verdadeiro show de luzes no céu noturno durante a sua aproximação máxima no Sol, que deve ocorrer em outubro do ano que vem.
Descoberto em parceria pelas equipes do Purple Mountain Observatory, na China, e do Steroid Terrestrial-impact Last Alert System (ATLAS), na África do Sul, o objeto está atualmente entre Saturno e Júpiter, viaja rumo ao Sol a mais de 290 mil km/h e, segundo cientistas, deve ter uma magnitude de -0,2 no céu à noite — brilho semelhante ao das estrelas mais notáveis.
On 2023-02-24 I confirmed new comet A10SVYR = C/2023 A3 (Tsuchinshan-ATLAS) remotely at https://t.co/LTygbU2ENT T72 in Chile and T33 in Australia
Images: stacked 5x180 sec., 7x180s.
It will probably be bright in October 2024@Astroguyz @El_Universo_Hoy @ThePhotoHour @StormHour pic.twitter.com/8XbYcMheaZ
— Филипп Романов/Filipp Romanov (@romanov_filipp) March 1, 2023
Expectativas mais otimistas dizem que os cristais de gelo na parte frontal do cometa podem formar um reflexo e aumentar seu brilho em nossa direção a uma magnitude -5, a mesma de Vênus, o objeto mais luminoso do céu noturno depois a Lua.
O C/2023 A3 completa uma órbita ao redor do Sol a cada 80.660 anos, o que significa que esta é a primeira — e provavelmente única — oportunidades de humanos o avistarem. O cometa se aproxima na direção contrária em que os planetas oribtam o Sol e passará no espaço entre a Terra e a estrela.
Show no céu?
A maior aproximação com a Terra deve ocorrer em 12 de outubro de 2024, atingindo cerca de 70,8 milhões de quilômetros do nosso planeta. Ele deve ser visível desde o começo da noite, mas alguns eventos até lá podem interferir na possibilidade de observação do cometa.
Como a composição e a estrutura do núcleo do cometa ainda são desconhecidas, não é possível descartar o cenário de desintegração antes que ele se aproxime da Terra. Além disso, se o objeto tiver uma baixa quantidade de poeira, ele pode não ser tão brilhante quanto o previsto.