Novo editor de fotos com IA permite alterações complexas com alguns cliques

Cientistas desenvolveram um novo editor de fotos que usa inteligência artificial para realizar as alterações mais complexas com apenas alguns cliques. Com o DragGAN, é possível criar elementos inéditos nas imagens, como novas poses de humanos e animais, e adicionar objetos com alto nível de precisão.

A pesquisa sobre o desenvolvimento do programa foi publicado no acervo digital ArXiv nesta sexta-feira (18) e ainda deve passar por uma revisão por pares da comunidade científica. Em demonstrações liberadas pelos donos do projeto, é possível ver a aplicação sendo usada em vários tipos de foto diferentes. 

Notícias relacionadas

Tom Hanks: carreira pode continuar após a morte com inteligência artificial, diz ator

Empresa promete falar com mortos via inteligência artificial

Estes homens e mulheres têm beleza "ideal", diz inteligência artificial

Veja DragGAN em ação:

Os pesquisadores afirmam que o editor é capaz de criar conteúdo, como dentes dentro da boca de um leão, e pode deformar as imagens de acordo com a rigidez do objeto em questão, como a dobra da perna de um cavalo.

Esta não é a primeira ferramenta de edição de fotos turbinada por inteligência artificial que chega ao mercado. Mas, do ponto de vista de experiência do usuário, o feito é inovador.

Atualmente, a maioria dos programas trabalha com criações a partir de instruções — muitas vezes, em texto. O modelo de "clicar e arrastar" proposto pelos pesquisadores dá espaço para um salto no potencial criativo por meio da IA.

IA para falar com os mortos?

Outra novidade trazida pela inteligência artificial durante a semana é a ousada (e, talvez, um pouco macabra) proposta da empresa Seance AI: falar com os mortos. 

 O AE Studio, serviço que usa a tecnologia da OpenAI, dona do ChatGPT, promete criar uma representação digital dos falecidos e permitir interações via chatbot.

Segundo o criador do serviço, Jarren Rocks, a intenção é fornecer uma experiência de curta duração que ofereça um senso de encerramento emocional. 

Em entrevista ao portal Futurism, Rocks reconheceu que, em seu estado atual, o serviço não é capaz de manter uma conversa longa e que a repetição pode ser perceptível.

De acordo com o site, a experiência para alguns usuários do produto foi estranha. Durante uma demonstração, um dos clientes relatou que as primeiras mensagens eram convincentes, com aproximadamente 80% de autenticidade. No entanto, à medida que a conversa avançava, o chatbot se tornava repetitivo, gerando uma sensação de vazio.

Ainda não há informações claras sobre o custo do serviço da Seance AI, mas a empresa está considerando um modelo de pagamento por sessão para evitar o uso excessivo e irresponsável da ferramenta.