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Novo fungo marinho devora lixo plástico dos oceanos, diz estudo

Além desse micróbio, outras quatro espécies contribuem para degradação do plástico

6 jun 2024 - 12h42
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Fungo é capaz de decompor plástico da superfície do oceano
Fungo é capaz de decompor plástico da superfície do oceano
Foto: Hardcore

Cientistas marinhos descobriram um fungo marinho chamado Parengyodontium album que "quebra"  resíduos plásticos na Grande Mancha de Lixo do Pacífico, conforme publicado na revista Science of the Total Environment.

O estudo foi realizado por uma equipe internacional de pesquisadores. O fungo foi encontrado entre as finas camadas de outros micróbios que vivem dentro e ao redor da pilha de plástico flutuante no Pacífico Norte.

É o quarto fungo marinho conhecido capaz de consumir e decompor resíduos plásticos.

“Os fungos marinhos podem decompor materiais complexos feitos de carbono”, disse a principal autora do estudo, Annika Vaksmaa, bióloga marinha e biogeoquímica do Instituto Real Holandês de Pesquisa Marítima (NIOZ), em um comunicado.

Segundo ela, é “provável que, além das quatro espécies identificadas até agora, outras espécies também contribuam para a degradação do plástico”.

O fungo

O P. album é capaz de decompor o polietileno à base de carbono exposto aos raios ultravioleta (UV), o tipo de plástico mais comumente usado para fabricar produtos de consumo, como garrafas de água e sacolas de supermercado.

Nos experimentos, a equipe descobriu que o fungo necessita de luz ultravioleta do Sol para usar o resíduo como fonte de energia e por isso, só degrada o plástico que flutua perto da superfície.

No entanto, isso não significa que estamos mais perto de nos livrarnos desses resíduos.  Apesar de promissor, o fungo decompõe um pedaço de plástico tratado com UV a uma taxa de aproximadamente 0,05% ao dia, o que levaria muito tempo para que as bactérias atravessassem toda a Grande Mancha de Lixo do Pacífico, por exemplo. 

Para se ter ideia, todos os anos, os seres humanos produzem mais de 400 mil milhões de quilogramas de plástico e espera-se que este número triplique pelo menos até 2060.

Fonte: Redação Byte
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