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Nvidia quer usar as leis da física para criar robôs com IA; entenda

Com o foco em robótica, a Nvidia quer avançar no salto tecnológico da inteligência artificial

21 jun 2024 - 10h52
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Foto: Rawpixel/Freepik

Algumas pessoas sentem que o assunto de inteligência artificial (IA) já está saturado, mas ainda há muito por vir. Segundo o CEO da Nvidia, Jensen Huang, o próximo passo da IA é entrar no mundo físico. A empresa já está se preparando para criar robôs autônomos.

Durante a Computex, evento de tecnologia realizado no início de junho, em Taiwan, Huang falou sobre o futuro da inteligência artificial e o que a empresa está fazendo para trazê-la para a realidade.

"A robótica está aqui. A IA física está aqui. Isso não é ficção científica, e está sendo usada em toda Taiwan. É realmente, realmente emocionante", disse Huang, na palestra.

O CEO da empresa ressaltou na palestra que, quando se trata de robôs com IA, é preciso entender as leis da física, como funciona a movimentação dos corpos e quais são os principais desafios para que eles se movam.

"A próxima onda de IA é a IA física. IA que entende as leis da física, IA que pode trabalhar entre nós", disse Huang, durante a apresentação, enfatizando a importância da robótica e da IA nos desenvolvimentos futuros.

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Utilização dos robôs

Segundo comunicado da companhia, a Nvidia está na liderança dessa indústria, com setores adotando operações autônomas e gêmeos digitais (réplicas virtuais de objetos, sistemas ou processos físicos que são utilizados para simulação).

Uma das plataforma disponíveis da empresa, chamada Isaac, possui um conjunto de ferramentas para desenvolvedores construírem robôs de IA, incluindo Autonomous Mobile Robots (AMRs), braços industriais e humanóides, alimentados por modelos de IA e supercomputadores.

Ainda, a Nvidia destaca que fabricantes taiwaneses já estão transformando suas fábricas com o uso de tecnologias para criar os gêmeos digitais, combinando IA de visão e ferramentas de desenvolvimento de robôs para melhorar instalações robóticas.

Em comunicado, a Nvidia diz que outras grande empresas globais da indústria eletrônica estão integrando a robótica autônoma em suas fábricas, aproveitando a simulação no Omniverse para testar e validar essa nova onda de IA para o mundo físico. Isso inclui mais de 5 milhões de robôs pré-programados em todo o mundo.

"Todas as fábricas serão robóticas. As fábricas coordenarão robôs, e esses robôs construirão produtos que são robóticos", explicou Huang.

Salto tecnológico

No podcast Deu Tilt, da UOL, esse tema entrou em debate. Diogo Cortiz, professor e colunista de UOL e Helton Simões Gomes, colunista e editor do Tilt, discutem as novidades da Nvidia e o salto tecnológico que a humanidade está testemunhando.

Cortiz citou durante a conversa o paradoxo de Moravec, que foi uma ideia desenvolvida por pesquisadores de inteligência artificial e robótica. O conceito destaca que, ao contrário das suposições tradicionais, o raciocínio requer pouca computação, enquanto uma IA com habilidades motoras precisaria de muitos mais recursos computacionais.

Então, por exemplo, o ChatGPT é mais "fácil" de ser criado, mas um robô autônomo exigiria muito mais. 

Cortiz também destaca que "no curto prazo, os movimentos e o entendimento [dos robôs] vão ficar mais sofisticados", e que depois que a sociedade passar por esse ponto, a previsão é que veremos mais inserção das máquinas físicas.

Fonte: Redação Byte
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