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O inverno está chegando e, junto com ele, seres microscópicos

Vírus respiratórios começaram a circular mais, como comenta o Instituto Todos pela Saúde (ITpS) no Twitter

11 abr 2023 - 15h24
(atualizado em 16/4/2023 às 11h45)
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Com as primeiras brisas frias dando sinais em alguns estados do Brasil, os casacos começam a ser colocados em posições mais estratégicas nos armários porque, afinal, mudaram as estações. E como bem diz aquela (maravilhosa) música: "nada mudou" para os vírus respiratórios, que começam a circular mais, como comenta o Instituto Todos pela Saúde (ITpS) em sua página do twitter:

Foto: Núcleo Jornalismo

Um mundo mais flexível e mais exposto

A pandemia da COVID-19 trouxe aprendizados importantes com relação à lidar com vírus respiratórios. As máscaras, por muito tempo, ajudaram às pessoas a se proteger do SARS-CoV-2 (vírus da COVID-19) e de outros vírus respiratórios que causam resfriados e gripes.

Com a liberação do uso de máscaras, especialmente em locais em que essa recomendação permanece muito forte (como ambientes de saúde, ambientes mal ventilados/fechados), o risco de uma transmissão elevada desses microorganismos acaba aumentando, como comenta Bruno Ishigami, médico infectologista:

Por seguirmos em uma pandemia, a COVID-19 ainda requer muito de nossa atenção e cuidados - inclusive, fizemos um post sobre as famosas vacinas atualizadas. No entanto, outro vírus também se destaca nesse balaio: o vírus sincicial respiratório (VSR).

A imunologista e divulgadora científica, Letícia Sarturi, fez um fio com informações essenciais para entender esse vírus e a doença causada por ele, especialmente nas crianças:

O VSR, por exemplo, teve uma presença marcada nesses primeiros meses de 2023, como comenta o Coletivo em Defesa da Vida em seu twitter, atingindo majoritariamente bebês e crianças de 0 a 4 anos:

No entanto, idosos, pessoas com comorbidades e outros grupos de indivíduos não devem sossegar a atenção com esse vírus, o qual ainda pode causar grande preocupação e risco para a saúde, como comenta o médico Luis Correia:

Quem não tem cão, caça com vacina

Para alguns desses vírus respiratórios, temos vacinas. É o caso do vírus influenza, que causa quadros de gripe (e que podem agravar em pacientes com maior vulnerabilidade), e a campanha nacional de vacinação contra o influenza H1N1 começa hoje em todos os estados do Brasil, como comenta o coletivo Todos Pelas Vacinas, em sua página de twitter:

Recentemente, estudos clínicos disponibilizaram dados sobre o desenvolvimento de uma vacina contra o VSR, a qual apresentou uma eficácia de 81,8% em prevenir a doença severa causada por essa infecção viral em bebês "desde o nascimento até os primeiros 90 dias de vida, com alta eficácia de 69,4% demonstrada até os primeiros seis meses de vida", como comenta o fio do perfil de divulgação científica conhecido como "Chise" no twitter, abaixo. Cabe reforçar que a vacina foi aplicada em mulheres grávidas, demonstrando forte proteção passada para os filhos!

Ainda, outros estudos clínicos mostraram que, quando aplicada em idosos, a eficácia alcança patamares de mais de 85% para a doença causada pelo VSR com pelo menos três sintomas característicos avaliados.

A vacina não apresentou nenhuma preocupação evidente quanto ao seu perfil de segurança para as mulheres gestantes, bebês e idosos, conforme mostrado pelos dois estudos acima citados. Se aprovada, será a primeira vacina contra o VSR aprovada na história.

Para não se perder nas campanhas de vacinação

E claro, não poderíamos deixar de organizar tudo para você, querido leitor! Abaixo, temos algumas informações sobre quem pode se vacinar para as duas principais campanhas de vacinação contra vírus respiratórios acontecendo atualmente no país.

Quem pode se vacinar contra o influenza H1N1?

Segundo as informações no site Exame, o público-alvo nesse primeiro momento de vacinação contra o influenza/H1N1 são:

  • Pessoas com mais de 60 anos;
  • Adolescentes em medidas socioeducativas;
  • Caminhoneiros e caminhoneiras;
  • Crianças de 6 meses a 5 anos (completos);
  • Forças Armadas;
  • Forças de Segurança e Salvamento;
  • Gestantes e puérperas;
  • Pessoas com deficiência;
  • Pessoas com comorbidades;
  • População privada de liberdade;
  • Povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas;
  • Professoras e professores;
  • Profissionais de transporte coletivo;
  • Profissionais portuários;
  • Profissionais do Sistema de Privação de Liberdade;
  • Trabalhadoras e trabalhadores da saúde.

Quem pode se vacinar com a vacina bivalente/atualizada da COVID-19?

Segundo a atualização divulgada pelo Ministério da Saúde, no início deste mês, como comenta a página da Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul (RS), o público-alvo atual são:

  • Pessoas com comorbidades (saiba as comorbidades clicando aqui)
  • Pessoas com 60 anos ou mais de idade;
  • Pessoas vivendo em instituições de longa permanência a partir de 12 anos e seus trabalhadores;
  • Pessoas imunocomprometidas a partir de 12 anos de idade;
  • Indígenas, ribeirinhos e quilombolas (a partir de 12 anos de idade);
  • Gestantes e puérperas;
  • Trabalhadores da saúde;
  • Pessoas com deficiência permanente (a partir de 12 anos de idade);
  • População Privada de Liberdade e Adolescentes em Medidas Socioeducativas;
  • Funcionários do Sistema de Privação de Liberdade;
Núcleo Jornalismo
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