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O que acontecerá com tripulantes do submersível perdido se o oxigênio acabar?

Cinco pessoas que tentaram visitar os destroços do navio Titanic estão desaparecidas desde o dia 18 de junho

21 jun 2023 - 18h13
(atualizado em 23/6/2023 às 17h22)
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Sem a presença de oxigênio, a situação embaixo d'água se torna extremamente crítica.
Sem a presença de oxigênio, a situação embaixo d'água se torna extremamente crítica.
Foto: Poder360

Um pequeno submersível turístico chamado Titan desapareceu no domingo (18), enquanto transportava cinco pessoas para visitar os destroços do navio Titanic. O veículo realizava a expedição a 3.800 metros de profundidade. Desde então, o resgate tem movimentado o noticiário e gerando apreensão nos leitores.

Nesta quarta-feira (21), mais três embarcações chegaram ao local de busca. Uma delas têm recursos de sonar de varredura lateral. 

Dois meios de comunicação dos EUA noticiaram um memorando interno vazado enviado ao Departamento de Segurança Interna dos EUA que diz que uma aeronave canadense detectou "sons de batidas" subaquáticas em intervalos de 30 minutos vindos da área de busca.

Preocupações

Além de um ambiente extremo por diversos dias, a tripulação sofre de outro problema: a falta de oxigênio. Agora, muito se especula sobre quais serão as próximas horas, já que o submersível pode ter somente 20 horas de oxigênio restante.

Um membro da Marinha dos EUA explicou em um artigo sobre os efeitos extremos para a saúde de ficar preso em um veículo aquático.

No documento, Dale Molé, ex-diretor de medicina submarina e saúde de radiação da Marinha dos EUA, detalhou o ambiente "hostil" a bordo de submersíveis comerciais. Passageiros nessas situações enfrentam suprimentos de oxigênio esgotados, níveis tóxicos de dióxido de carbono e temperaturas em queda livre.

O que acontece ao corpo

Se uma tripulação estiver submersa em um veículo submarino que naufragou e o suprimento de oxigênio estiver esgotado, a situação se torna extremamente crítica. Sem a presença de ar, os seres humanos não podem sobreviver por muito tempo.

  • Pressão ambiental: se o submersível afundar a uma profundidade considerável, a pressão ambiental aumentará à medida que a tripulação se aprofunda. Isso pode causar danos físicos, como barotrauma, afetando os ouvidos e os pulmões dos tripulantes. A exposição prolongada a altas pressões também pode levar a problemas de saúde mais graves.
  • Escassez de recursos: se a tripulação ficar presa dentro do submersível naufragado, pode haver escassez de recursos essenciais, como água potável, alimentos e energia elétrica. Isso pode levar à desidratação, desnutrição e exposição a temperaturas extremas.
  • Exaustão do ar: Além da falta de oxigênio, a tripulação também pode enfrentar o esgotamento do ar respirável devido ao aumento do dióxido de carbono (CO2) e a outros gases tóxicos. Altos níveis de CO2 podem causar sintomas como falta de ar, tontura e confusão.
  • Pânico e estresse psicológico: o confinamento em um ambiente perigoso e incerto, além da ameaça iminente à vida, pode levar a um aumento significativo do estresse, medo, ansiedade e pânico na tripulação. O estresse prolongado pode comprometer o bem-estar emocional e psicológico dos indivíduos.
  • Hipotermia: Dependendo das condições ambientais, a tripulação pode estar exposta a temperaturas frias durante o naufrágio. A exposição prolongada à água fria sem proteção adequada pode levar à hipotermia, uma condição perigosa que pode causar confusão mental, perda de coordenação e até a morte.
Fonte: Redação Byte
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