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O que causa mau cheiro nas axilas?

Cheiro ruim nas axilas nem sempre está ligado à falta de higiene; veja o que diz a ciência

12 nov 2022 - 05h00
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Na região das axilas, existem glândulas sudoríparas denominadas apócrinas – são elas as vilãs responsáveis pelo mau cheiro
Na região das axilas, existem glândulas sudoríparas denominadas apócrinas – são elas as vilãs responsáveis pelo mau cheiro
Foto: Nicola Giordano / Pixabay

Se tomamos banho e ensaboamos o corpo por completo, por que muitas vezes só as nossas axilas ficam com mau cheiro? O famoso “cecê”, que pode nos incomodar, costuma ser ainda mais desagradável ainda quando sentido em outras pessoas ao nosso redor, mas existem explicações para ele.

De acordo com a biologia, na região das axilas, existem glândulas sudoríparas denominadas apócrinas – são elas as vilãs responsáveis pelo mau cheiro. Todas as glândulas sudoríparas funcionam da mesma maneira: quando o nosso corpo sente calor, elas soltam o suor com a finalidade de abaixar a temperatura corporal.

Possuímos glândulas apócrinas também nas regiões da virilha e pés, por exemplo. Por serem quentes e úmidas, favorecem a proliferação de microorganismos.

Mas existe uma diferença muito relevante nesse local. O suor, que normalmente é feito de substâncias como água, sais minerais, ureia e outros componentes, nas axilas, também conta com restos celulares. 

Como também existem várias bactérias nessa região, estas últimas metabolizam os restos celulares, que produzem os chamados ácidos carboxílicos – que apresentam odores fortes característicos. Esses ácidos também dão origem a outros cheiros fortes como o da manteiga rançosa ou o cheiro de cabra. 

Na medicina, o nome do cheiro ruim nas axilas que não vai embora, mesmo com higiene adequada, é bromidrose axilar. Essa situação é gerada por um desequilíbrio de bactérias. Nos pés, é chamada de bromidrose plantar – o famoso “chulé”.

É claro que a falta de higiene pode favorecer a maior proliferação de bactérias na região, mas outros fatores também importam, como a genética, diabetes, alterações hormonais e alimentação – ou seja, muitas vezes o odor não está relacionado com a falta de higiene. 

Cebola na alimentação pode contribuir para o mau cheiro nas axilas
Cebola na alimentação pode contribuir para o mau cheiro nas axilas
Foto: Manfred Richter / Pixabay

Alimentos com álcool, cebola, alho, curry, pimenta ou mesmo pratos muito condimentados liberam componentes químicos por várias partes do corpo, inclusive pelas glândulas sudoríparas das axilas, e contribuem para um cheiro mais forte. 

Dicas para não ter mau cheiro nas axilas são usar sabonetes antibacterianos, desodorantes com ação antibacteriana, não usar esponjas muito ásperas, que podem irritar a região e utilizar bicarbonato de sódio dissolvido em água na região, que é capaz de neutralizar o ácido carboxílico. 

Uma outra opção é usar a toxina botulínica, que ajuda tanto para diminuir a transpiração excessiva nessa região, quanto para acabar com o odor e manchas no local. 

O que é hiperidrose?

Existe uma condição específica chamada de hiperidrose, compartilhada por algumas pessoas, que faz aumentar a proliferação de bactérias, e por tabela, o cheiro ruim.  

Nesses casos, existem diversas opções de tratamentos, e em último caso, é possível fazer uma cirurgia para remover as glândulas que produzem o suor. 

Uma das cirurgias é a simpatectomia, que corta o nervo simpático das glândulas sudoríparas. Porém, pode causar sudorese compensatória, ou seja, deixar de suar nas axilas e passar a suar em outro local do corpo.

Outra opção de cirurgia é a raspagem das glândulas de suor, que também é um procedimento agressivo. Existem outras opções mais simples e não cirúrgicas, como a aplicação de toxina botulínica.

Fonte: Redação Byte
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