O que é a anomalia magnética no Brasil?
Relatório feito pelo governo dos Estados Unidos aponta que a anomalia magnética aumentou em 5% no Atlântico Sul
Nesta semana, a notícia sobre a expansão de uma anomalia magnética que cobre o Sul e o Sudeste do Brasil gerou curiosidade em muitas pessoas. A Anomalia Magnética do Atlântico Sul (Amas), monitorada por agências governamentais internacionais, está localizada no Atlântico Sul, em uma parte que a magnetosfera, que envolve o planeta Terra, é mais fraca.
Mas, o que seria essa anomalia magnética? E, ela causa riscos aos humanos?
Bom, o planeta Terra tem um campo magnético que age como um escudo para nos proteger das partículas carregadas de radiação cósmica. Essa proteção impede que a radiação cósmica ultrapasse a atmosfera e chegue até a superfície do planeta.
No entanto, em algumas regiões da Terra esse campo magnético sofre alterações, e uma das regiões passa pelo Brasil.
Ou seja, de forma bastante simplificada, a anomalia magnética é uma falha nesse escudo de proteção que envolve a Terra.
Segundo o relatório feito pelo governo dos Estados Unidos, a anomalia magnética aumentou em 5% e está se movendo em direção ao Oeste.
“Esse contorno se aproxima da região onde é mais provável que ocorram danos por radiação nos satélites”, disseram os autores, em relatório.
Com o crescimento da Amas e sua proximidade com a América do Sul, a proteção magnética da Terra nessa região foi reduzida. Além do Brasil, ela também está abrangendo uma área que chega até a África.
Riscos
As informações coletadas para o relatório também ressaltaram que a anomalia pode causar diversos impactos, desde possíveis danos aos satélites, por conta de radiação excessiva, até a interferência na propagação das ondas de rádio.
A intensidade do campo magnético nessa área é aproximadamente um terço da média no restante do planeta.
Mas, a anomalia não ocasiona riscos para a saúde humana na Terra ou durante atividades diárias das pessoas.
A Nasa disse, em 2020, que grupos de pesquisa estão observando a AMAS para diversos propósitos, inclusive para ajudar em possíveis desafios no futuro, que podem ser enfrentados por satélites e humanos no espaço.
A Amas está sendo acompanhada pela Agência Espacial Europeia (ESA), junto com a Nasa, e agora pelo Brasil, com o lançamento do nanossatélite NanosatC-BR2com, com a missão de monitorar a anomalia.
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