O que é o "celular do ladrão" e por que ele pode ser útil no Carnaval

Você já pode ter ouvido falar da onda de assaltos que está rolando nos bloquinhos de Carnaval. Ela não é exclusiva de uma cidade e infelizmente, pode acabar com o astral de qualquer um. No meio da folia, também é mais fácil não perceber alguém puxando o aparelho – e acredite, criminosos podem ser muito bons nisso. 

Mas, afinal, como podemos nos proteger desse tipo de roubo? Bem, uma opção é levar um "celular do ladrão", ou seja, um aparelho mais baratinho ou usado, até mesmo parcialmente quebrado, que pode substituir e servir para se comunicar com amigos ou familiares no bloco, mas que não trará grandes prejuízos caso seja roubado. 

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Esse celular pode ter a opção de fazer ligações, o número do WhatsApp de algumas pessoas, Mapas (para se localizar) e câmera, caso você queira ter registros da farra.

Comprar um chip pré-pago, que não é o seu número "oficial", também é uma boa: assim, você informa às pessoas sobre o número temporário, se comunica, tira fotos, não se perde... e não corre o risco de perder suas informações e pertences mais caros.

Sabe aquele celular com tela rachada, já esquecido em alguma gaveta e que não serve mais para nada? Pronto! Ele é perfeito para ser o "celular do ladrão". No caso de não ter um mais arrumadinho, vai um "lanterninha" mesmo só para ligar. Afinal, melhor do que arriscar perder seu iPhone ou o telefone de última geração da Samsung, né?

O fato é: qualquer aparelho que seja levado para o Carnaval, precisa estar "preparado", ou seja: deve seguir algumas medidas para, caso seja roubado, as consequências sejam menores.

Como preparar o celular para levar aos blocos

Uma das dicas mais importantes para esse "celular reserva" ou para qualquer aparelho que você vá levar para os blocos é ativar o PIN do chip, o que dificulta que usem seu número e recebam SMS – além disso, é essencial sempre manter a verificação em duas etapas em vários aplicativos. O procedimento confere maior segurança por adicionar mais uma senha para usar o programa. 

Outra medida é apagar qualquer app de banco instalado. Mesmo sendo trabalhoso depois instalar tudo de novo, a dor de cabeça é bem maior quando levam o celular e você não fez isso. Com ele aberto, o ladrão poderá acessar suas informações financeiras e transferir todo o se dinheiro (ou boa parte dele) para contas de terceiros. E a resolução dos problemas pode render horas de telefone com o banco. 

É essencial também desabilitar notificações que já mostram o conteúdo da mensagem com a tela bloqueada, além de não salvar nenhuma senha no celular e nem prints de transações financeiras. No lugar de anotar senhas assim, você pode usar apps como o 1Password, o Bitwarden ou o gerenciador de senhas do seu navegador. 

Uma outra dica de ouro é anotar o IMEI do seu celular (saiba como ver aqui), pois ele pode te ajudar a desativar seu celular para qualquer tipo de ligação em qualquer lugar que esteja.

Caso você seja roubado mesmo depois de todos esses cuidados, ao menos você terá uma maior segurança. Deve-se desconfiar ainda de e-mails, mensagens ou SMS do iFood, Rappi e da própria Apple dizendo que o celular foi encontrado após o furto.

Agora, é registrar um boletim de ocorrência (BO) e, se você tiver esse mecanismo ativado, usar o "Buscar meu iPhone" ou o "Buscar meu dispositivo", para celulares Android. Quando configurada, essa opção permite rastrear a localização dele (se o GPS estiver ligado) ou apagar tudo do celular em caso de roubo.