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O que é o horário de verão e como surgiu?

Horário de verão surgiu na Primeira Guerra Mundial como forma de economia de energia; no Brasil, primeira implementação ocorreu em 1931

19 out 2022 - 05h00
(atualizado em 12/12/2022 às 16h39)
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Vigência do horário de verão variava de acordo com o ano, mas a média nos últimos 20 anos estava em torno de 120 dias de duração
Vigência do horário de verão variava de acordo com o ano, mas a média nos últimos 20 anos estava em torno de 120 dias de duração
Foto: evening_tao / Freepik

Há pouco mais de 91 anos, o horário de verão foi instituído pela primeira vez no Brasil durante o governo do então presidente Getúlio Vargas. O principal objetivo era o melhor aproveitamento da luz natural em relação à artificial, adiantando-se os relógios em uma hora, como forma de reduzir a concentração de consumo de energia no horário entre 18 e 20 horas.

A estreia do horário de verão no país aconteceu em 3 de outubro de 1931 e durou até 31 de março de 1932. No verão seguinte foi reeditada a medida com a mesma duração da primeira versão. Depois, a adoção do horário ocorreu em períodos não consecutivos, nos anos de 1949 até 1953, de 1963 até 1968, e nos tempos atuais a partir de 1985.

O tempo de vigência variava de acordo com o ano, mas a média nos últimos 20 anos estava em torno de 120 dias de duração.

A regra vigente para início e fim do horário era a partir de 0h do primeiro domingo do mês de novembro de cada ano até 0h do terceiro domingo do mês de fevereiro do ano seguinte, em parte do território nacional. Neste intervalo, a hora era adiantada em 60 minutos em relação à oficial do fuso.

No ano em que tinha coincidência entre o domingo previsto para o término da Hora de Verão e o domingo de carnaval, o encerramento da horário de verão ocorreria no domingo seguinte.

Surgimento do horário de verão 

Ninguém sabe ao certo como o horário de verão surgiu na história da civilização. Ainda assim, alguns estudos sugerem que ele foi criado por Benjamim Franklin, em 1784, nos Estados Unidos, quando ele percebeu que o Sol nascia antes das pessoas se levantarem, durante alguns meses do ano. 

O inventor dos para-raios pensou, então, que se os relógios fossem adiantados em uma hora, naquele período, as pessoas poderiam aproveitar melhor a luz do dia, também ao entardecer, e economizar velas, já que naquele tempo ainda não existia luz elétrica — mas suas ideias não ganharam força.

Em 1907, o construtor William Willett, membro da Sociedade Astronômica Real Britânica, resolveu fazer uma campanha na Inglaterra para colocar em prática o horário de verão. A população reclamou da ideia e a proposta não obteve êxito.

Durante a Primeira Guerra Mundial, em 1916, a Alemanha resolveu adotar essa medida pela primeira vez, para economizar energia por conta da guerra.  

Um argumento que havia a favor do horário é que a redução no consumo no horário de verão levaria a um menor carregamento de energia na infraestrutura elétrica, reduzindo o risco de não atendimento nos horários de pico. Isso é importante, já que o verão é uma época em que o sistema sofre uma piora nas condições operacionais, pois há mais consumo. 

O fim do horário de verão

Isso, contudo, mudou em abril de 2019, quando o presidente Jair Bolsonaro assinou um decreto pondo fim ao horário de verão nos 11 estados em que ele era aplicado.

Na época, a decisão foi baseada em recomendação do Ministério de Minas e Energia (MME), que apontou pouca efetividade na economia energética, e estudos da área da saúde, sobre o quanto o horário de verão afeta o relógio biológico das pessoas.

Além disso, o ministério disse que a mudança foi causada após perceber a alteração do perfil da curva de carga de energia elétrica ocorrida nos últimos anos. Esta alteração viria de causas como a evolução tecnológica da iluminação e a mudança de hábitos do consumidor brasileiro, como o uso de equipamentos de climatização de ambiente no consumo de energia do verão.

Fonte: Redação Byte
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