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O que é um ciclone bomba, que causou o Natal mais frio dos EUA

"Ciclone bomba" exigiu que autoridades dos EUA alertassem sobre risco de congelamento de tecidos e hipotermia; entenda o fenômeno

26 dez 2022 - 12h14
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Formação de um ciclone bomba vista do espaço (Imagem: Reprodução/NASA)
Formação de um ciclone bomba vista do espaço (Imagem: Reprodução/NASA)
Foto: Canaltech

Um “ciclone bomba” atingiu a América do Norte neste fim de ano. Por conta dele, os EUA tiveram o Natal mais frio de sua história. As temperaturas baixaram muito em várias cidades: Dallas chegou a -13ºC, e Minnesota, a -38º. O ponto mais baixo foi -53ºC no Canadá. O fenômeno cancelou milhares de voos e deixou milhões de pessoas sem energia elétrica.

Os “ciclones bomba”, também denominados bombogêneses, não são extremamente raros, embora sejam muito fortes. Eles são capazes de espalhar neve e chuva pesada para várias localidades por meio de seus ventos superpotentes. 

Eles se formam quando uma massa de ar de baixa pressão encontra uma massa de alta pressão. Dessa forma, o ar de alta pressão “cai” no ar de baixa pressão, formando ventos. O que diferencia o “ciclone bomba”, porém, é a rapidez com a qual isso acontece: pelo menos 24 milibares (unidade de pressão) em 24 horas.

Assim, a diferença de pressão entre as duas massas de ar aumenta rapidamente e os ventos ficam mais fortes. No caso dos EUA, a colisão responsável pelo fenômeno ocorreu entre a massa de ar fria vinda do Ártico e a massa de ar quente, do Golfo do México. A direção na qual os ventos sopram é no sentido anti-horário no Hemisfério Norte (visto de cima). 

Mas esse tipo de ciclone também envolve condições favoráveis, como ventos particularmente fortes, conhecidos como “correntes de jato”, além de ondas de alta amplitude em tempestades. Com esses ventos sobrepostos a sistemas de baixa pressão, a tendência é que o ar quente suba a uma taxa crescente. 

A região da costa leste dos EUA é uma das mais propícias ao acontecimento de ciclones, porque as temperaturas já sofrem contrastes naturalmente, principalmente durante o inverno. 

O ciclone bomba foi tão forte que o Serviço Meteorológico dos EUA alertou a população para o risco de queimadura dos tecidos do corpo, além de hipotermia, que pode levar até à morte. 

Fonte: Redação Byte
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