O que não fazer ao usar o computador da firma
Nem tudo pode ser feito nos aparelhos corporativos; confira o que evitar
Aos que trabalham usando computador, pode parecer prático utilizar a máquina do trabalho também para realizar outras tarefas, de cunho mais pessoal. Esse tipo de atitude, porém, pode custar a segurança dos seus dados e, em alguns casos, até o seu emprego.
Algumas práticas parecem inofensivas e podem até realmente facilitar as suas atividades cotidianas, como salvar arquivos pessoais ou até realizar projetos paralelos no computador corporativo, mas digitar senhas pessoais ou acessar sites de conteúdo adulto, por exemplo, podem colocar o funcionário em encrencas.
Pensando nisso, o Estadão fez uma lista com cinco coisas que não devem ser feitas no computador do trabalho.
Sem compartilhar senhas pessoais
Não é incomum ver pessoas salvando senhas de contas pessoais no computador do trabalho, principalmente quando o trabalho é de modelo híbrido ou totalmente remoto.
Apesar de não ser uma prática inusitada, armazenar senhas pessoas no computador corporativo não é seguro. Caso o aparelho seja compartilhado na empresa, é possível que outros funcionários tenham acesso a essas senhas e violem sua privacidade digital.
Além disso, dependendo da política de privacidade da empresa, os dados armazenados na máquina podem se tornar propriedade da companhia. Então, o mais recomendado é apenas salvar senhas pessoais em aparelhos próprios para evitar problemas envolvendo cibersegurança.
Nada de utilizar o mensageiro corporativo para mensagens pessoais
Muitas empresas, ao fornecerem máquinas para os funcionários usarem para trabalhar, já instalam softwares mensageiros específicos para que os usuários se comuniquem profissionalmente por essas plataformas. Por isso, evite trocar mensagens de cunho pessoal e privado nesses programas ou aplicativos.
Apesar de parecer seguro, não é possível determinar com certeza se essas mensagens ficam armazenadas em algum servidor corporativo ou se podem ser recuperadas facilmente pela empresa. Então, deixe as mensagens pessoais para mensageiros privados como WhatsApp, que utilizam criptografia de ponta a ponta (ou seja, terceiros não podem ver o conteúdo).
Não acesse sites de conteúdo adulto
Pode parecer inusitado, mas funcionários usarem o computador corporativo para visitar sites de conteúdo adulto é mais comum do que se imagina.
Essa prática, além de constrangedora, pode infectar a máquina do trabalho com vírus e colocar em risco a privacidade dos seus arquivos — imagine você ter que explicar para o departamento de Tecnologia da Informação como o computador pegou vírus.
Além disso, navegar nessas páginas pode ser também motivo de demissão por justa causa.
Arquivos e fotos pessoais só nos aparelhos pessoais
Assim como salvar senhas pessoais no computador do trabalho, armazenar arquivos privados na máquina corporativa é bem comum, ainda mais para quem passa muito tempo usando o aparelho. Pode parecer inofensivo criar uma pasta com materiais pessoais, mas esse hábito pode ser perigoso.
Além da questão da segurança em casos em que mais de uma pessoa compartilha a mesma máquina de trabalho, se o usuário for desligado da empresa, pode ser que não dê tempo de transferir esses arquivos para um aparelho privado e os documentos sejam perdidos ou fiquem sob domínio da companhia.
Uma solução pode ser utilizar serviços de nuvem, mas, aí, lembre-se de não salvar sua senha pessoal na máquina.
Trabalhos paralelos? Não faça no computador corporativo
Para realizar outros projetos, que não sejam voltados para a sua empresa, não é recomendado usar o computador de trabalho. Apesar da praticidade, funcionários que atuam em outras áreas podem se prejudicar ao realizar trabalhos paralelos no dispositivo corporativo.
Se as atividades da máquina do trabalho forem monitoradas, o funcionário pode ser advertido se estiver realizando projetos paralelos ou até ser desligado da empresa. Além disso, há o risco também de os arquivos serem perdidos e se tornarem propriedade da companhia.
*Alice Labate é estagiária sob supervisão do editor Bruno Romani