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O segredo dos restaurantes: pão e álcool podem aumentar a conta

A estratégia de servir pão e bebidas antes da refeição pode afetar o seu cérebro e o seu pedido

27 dez 2023 - 15h23
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Dr. Daniel Amen afirma que pão e vinho podem aumentar a conta no restaurante
Dr. Daniel Amen afirma que pão e vinho podem aumentar a conta no restaurante
Foto: Reprodução/TikTok/@neurolab_

Ao entrar em um restaurante, é comum ser recebido com uma cesta de pão quente e a sugestão de uma bebida. O que pode parecer um gesto de hospitalidade, acaba sendo uma estratégia inteligente que vai além do simples agrado ao cliente.

O neurocientista americano Dr. Daniel Amen desvendou o que está por trás dessa prática comum, mostrando que o costume é mais do que apenas um agrado — é uma estratégia cerebral sofisticada.

De acordo com o Dr. Amen, em um vídeo viral no perfil do TikTok, essa abordagem inicial com pão e álcool, como vinho, não serve apenas para satisfazer o cliente enquanto espera o prato principal.

Esses itens têm efeitos específicos no cérebro que aumentam a probabilidade de pedidos maiores e contas mais robustas. Mas como isso funciona na prática?

Carboidratos liberam serotonina

Quando consumimos pão e álcool, uma coisa acontece quase que instantaneamente em nosso cérebro: a liberação de serotonina, o neurotransmissor associado à sensação de felicidade e calma. Esse pico inicial de satisfação é acompanhado por uma sensação de bem-estar, que, curiosamente, nos prepara para desejar mais. O pão, particularmente, provoca um aumento rápido no açúcar no sangue, resultando em um breve estado de euforia.

Contudo, o que sobe rápido, desce na mesma velocidade. À medida que o efeito do serotonina diminui, o mesmo acontece com a sensação de satisfação, deixando uma espécie de vazio que muitos tentam preencher com mais pedidos, aumentando assim a conta final. Isso sem mencionar o álcool, que, ao diminuir a função do lobo frontal, reduz inibições e pode levar a decisões mais impulsivas, inclusive na hora de escolher pratos mais caros ou sobremesas adicionais.

Lembre-se de que você paga pela experiência do restaurante, não só pela comida
Lembre-se de que você paga pela experiência do restaurante, não só pela comida
Foto: Reprodução/Unsplash

Lobo frontal "bêbado"

O lobo frontal do cérebro é o grande maestro das decisões complexas, do julgamento social à moderação de comportamentos. Quando sua atividade é reduzida, um efeito tanto do pão quanto do álcool, as pessoas tendem a ter menos controle sobre suas escolhas e impulsos.

Em outras palavras, aquele prato principal mais caro ou a sobremesa extra parece muito mais atraente.

Além disso, ao entender que o pão é um investimento calculado por parte do restaurante e que o álcool serve como um catalisador para decisões mais soltas, fica claro que esses itens que vêm antes de uma refeição são fundamentais em uma estratégia mais ampla para aumentar o gasto do cliente.

Afinal, menor inibição e maior sensação momentânea de satisfação podem ser a receita perfeita para uma noite mais cara.

O álcool libera serotonina e diminui a capacidade do lobo frontal do cérebro
O álcool libera serotonina e diminui a capacidade do lobo frontal do cérebro
Foto: Reprodução/Unsplash

Não é enganação, é experiência

Embora os restaurantes utilizem essas estratégias da neurociência, o objetivo não é enganar os clientes, mas sim criar uma experiência agradável que, por sua vez, encoraja um maior gasto. A hospitalidade é um negócio e fazer o cliente se sentir bem faz parte do jogo.

No entanto, com essa informação em mãos, os clientes podem fazer escolhas mais conscientes, sabendo o efeito que essas entradas têm no seu cérebro e, consequentemente, nos seus pedidos.

Entendendo a química desencadeada por pão e álcool, os consumidores podem apreciar o couvert com uma nova perspectiva, talvez resistindo à tentação de pedir mais um aperitivo ou um prato extra. Afinal, no mundo da gastronomia, o equilíbrio pode ser o melhor tempero.

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Fonte: Redação Byte
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