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Olhe, mas não toque, enquanto o futuro flexível do smartphone se desdobra

26 fev 2019 - 10h18
(atualizado às 10h56)
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Designs flexíveis e dobráveis moldaram o futuro dos smartphones nesta semana, com os fabricantes se concentrando em novas formas, em um esforço para tirar o mercado da uniformidade e revigorar as vendas.

Homem confere seu celular em frente a anúncio do novo Huawei Mate X em Barcelona, Espanha
26/02/2019
REUTERS/Sergio Perez
Homem confere seu celular em frente a anúncio do novo Huawei Mate X em Barcelona, Espanha 26/02/2019 REUTERS/Sergio Perez
Foto: Reuters

Mas qualquer um que esperasse usar o Mate X da Huawei, um smartphone que possui uma tela que envolve as partes da frente e de trás, logo ficou decepcionado no Mobile World Congress, em Barcelona.

Os aplausos iniciais foram rapidamente seguidos de surpresa quando a empresa chinesa revelou o preço de 2.299 euros do aparelho que possui conectividade 5G.

Isso é ainda mais caro do que o Galaxy Fold, da Samsung, que foi revelado na semana passada e terá preço de 1.980 dólares quando for lançado em alguns mercados em abril. Ele estava em exibição em Barcelona em uma caixa de vidro.

Embora a posição de não utilização dos smartphones na feira espanhola indique que nenhuma empresa possui um dispositivo pronto para o consumo, 2019 será lembrado como o ano do design dobrável, disse Ben Wood, chefe de pesquisa da CCS Insight, acrescentando que o novo formato ainda está engatinhando.

"Mas estamos na idade da pedra de dispositivos com telas flexíveis; é uma fase totalmente nova de experimentação após o mar de uniformidade dos smartphones que vimos na última década".

A Samsung adotou a abordagem oposta à Huawei, colocando a tela dobrável do Galaxy Fold no interior do dispositivo, com outra tela menor no painel frontal para uso quando está fechado.

"Essa foi a solução que acreditamos ser a melhor para a longevidade", disse Mark Notton, diretor de estratégia móvel e comercial da Samsung, à Reuters.

Os fabricantes de smartphones vêm tentando inovar para convencer os consumidores a comprarem novos aparelhos, num esforço de reversão de queda de vendas em um momento em que os produtos atuais já atendem a maior parte das necessidades dos usuários.

E, embora mais fornecedores vão conseguir em breve produzir suas próprias telas dobráveis, 2019 não será o ano em que novos aparelhos com essa capacidade serão lançados, disseram analistas de mercado da Canalys. Eles continuarão sendo exclusivamente aparelhos de ultra luxo, com menos de 2 milhões de unidades previstas para serem entregues em todo o mundo neste ano, acrescentou a Canalys.

O mercado de telefones celulares caiu 1,2 por cento em 2018, disse a empresa de pesquisa Gartner, embora espere um crescimento de 1,6 por cento em 2019, impulsionado por ciclos de substituição na China, Estados Unidos e Europa Ocidental.

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