Omegle: popular chat de conversas com pessoas aleatórias fecha após 14 anos
Plataforma começou a funcionar em 2009 e ficou famosa por promover encontros inusitados entre pessoas de idades e regiões diferentes
A plataforma de bate-papo por texto e vídeo Omegle encerrou as atividades em definitivo. A informação foi confirmada pelo criador do serviço, Leif K-Brooks, em um comunicado publicado no site oficial.
O Omegle era um chat gratuito onde usuários podiam conversar com desconhecidos a partir de um sorteio aleatório. A plataforma começou a funcionar em 2009 e ficou famosa por promover encontros inusitados entre pessoas de idades e regiões diferentes.
De acordo com K-Brooks, o seviço não é mais sustentável "economicamente ou psicologicamente" e não há planos de criar algum tipo de modelo de financiamento para mantê-lo no ar. "Sinceramente, eu não quero ter um ataque cardíaco nos meus 30 anos", disse o criador, citando o estresse acumulado por comandar a plataforma.
Omegle é parte da história da internet
Lançado quando Leif tinha apenas 18 anos, o Omegle foi visto por muitos usuários como um serviço de "espontaneidade social"para que pessoas conversassem umas com as outras sem a burocracia de cadastros ou ter um motivo para iniciar o papo.
O serviço era gratuito e não exigia o download de um aplicativo para funcionar no PC ou celular. Bastava se conectar e autorizar o uso da webcam para iniciar a conversa com uma pessoa aleatória — um conceito bastante similar ao que foi adotado mais tarde pelo Chatroulette.
A plataforma foi um sucesso, mas perdeu popularidade com o avanço de redes sociais como o Twitter (agora chamado de X) e o Facebook, além de mensageiros como o WhatsApp.
Durante o pico da pandemia da covid-19, entretanto, o Omegle ressurgiu com cada vez mais pessoas passando o dia em casa e também como forma de criação de conteúdo de jovens para TikTok e YouTube.
Nesses casos, influenciadores digitais reuniam coletâneas de papos engraçados ou situações inusitadas, como aparecer com algum cosplay e gravar a reação das outras pessoas.
O Omegle, porém, também, já foi palco de vários crimes virtuais, inclusive de assédio e falas ofensivas. Leif alega que, apesar de ter melhorado muito a moderação na plataforma, os ataques cresceram bastante nos últimos anos e foram seguidos por cada vez mais críticas contra o serviço.