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OMS: 1,8 bi de adultos está em risco por falta de atividade física

OMS revela que mais de 30% dos adultos não praticam atividade física de forma adequada; por causa do sedentarismo, o risco de doenças é maior nessas pessoas

26 jun 2024 - 22h21
(atualizado em 27/6/2024 às 02h42)
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No mundo, um terço (31%) dos adultos não pratica atividade física de forma regular, segundo levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS). Por causa do sedentarismo, 1,8 bilhão de pessoas tem risco elevado para inúmeros problemas de saúde, como diabetes tipo 2 e ataque cardíaco (infarto).   

Foto: ijeab/Freepik / Canaltech

Publicado na revista The Lancet Global Health, o estudo da OMS também revela que as mulheres praticam menos atividade física, em média, que os homens. A taxa de inatividade é de 34% para elas, enquanto é estimada em 29% para eles. Independente do sexo, os idosos são ainda mais inativos. E 81% dos adolescentes (entre 11 e 17 anos) são inativos.

Se o exercício físico não for incentivado globalmente, a expectativa é que o sedentarismo atinja 35% da população adulta em 2030. Isso implicará em maiores gastos na área da saúde, mas não só.

"A inatividade física é uma ameaça silenciosa à saúde global, contribuindo significativamente para [aumentar] o fardo das doenças crônicas", afirma Rüdiger Krech, diretor do programa de promoção à saúde da OMS, em nota.

Meta da OMS de atividade física

Para se enquadrar na média mínima da OMS, a pessoa com mais de 18 anos deve realizar pelo menos 150 minutos de atividade física em intensidade moderada ou 75 minutos em intensidade vigorosa por semana.

De forma complementar, também é indicado realizar atividades de fortalecimento muscular, de forma moderada, pelo menos duas vezes por semana. Essas atividades devem envolver os principais grupos musculares

A intensidade do exercício físico pode ser avaliada, de forma informal, pelos dois seguintes critérios:

  • Batimentos cardíacos: a frequência cardíaca está diretamente ligada com a intensidade dos movimentos. Durante uma caminhada leve, o coração nem se altera. Quando o ritmo é moderado, ele acelera mais que o normal. No modo vigoroso, ele acelera bastante;
  • Capacidade de fala: a ideia é perceber o quão difícil é falar durante a atividade. Quando é possível conversar, o nível de intensidade é normalmente leve. Nas primeiras dificuldades, ela se torna moderada. Agora, se falar for muito difícil, é vigorosa.

Riscos do sedentarismo

As pessoas mais ativas têm menor risco de mortalidade por todas as causas e menor probabilidade de desenvolverem hipertensão (pressão alta), por exemplo. O risco de quedas é reduzido, e há uma tendência de melhores indicadores cognitivos e da qualidade do sono.

De forma oposta, conforme aponta o estudo da OMS, a falta de atividade física regular está relacionada com a maior incidência de diferentes doenças, como: 

  • Ataque cardíaco (infarto);
  • Acidente vascular cerebral (AVC), também conhecido como derrame;
  • Diabetes tipo 2;
  • Demência;
  • Câncer, especialmente o câncer de mama e o câncer colorretal (cólon e reto).

Além de prevenir as doenças "físicas", colocar o corpo em movimento contribui com a melhora da saúde mental, como depressão e ansiedade, e com o aumento dos índices gerais de bem-estar de um indivíduo. 

Como motivar as pessoas?

"Precisamos encontrar maneiras inovadoras de motivar as pessoas a serem mais ativas, considerando fatores como idade, ambiente e contexto cultural", explica o cientista Krech.

OMS estima que 1,8 bilhão de adultos não pratica atividade física de forma regular, o que precisa ser revertido (Imagem: Rido81/Envato)
OMS estima que 1,8 bilhão de adultos não pratica atividade física de forma regular, o que precisa ser revertido (Imagem: Rido81/Envato)
Foto: Canaltech

"Ao tornar a atividade física acessível e agradável para todos, podemos reduzir significativamente o risco de doenças não transmissíveis e criar uma população mais saudável e produtiva", completa. 

Aqui, vale lembrar que qualquer exercício é melhor do que nenhum, mesmo que sejam apenas 15 minutos de atividade. Estudos já demonstraram o impacto positivo desses curtos períodos na saúde.

Fonte: The Lancet Global HealthOMS    

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