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OMS alerta para a venda de Ozempic falsificado no mundo

Após detectar lotes falsificados de Ozempic em diferentes países, incluindo o Brasil, a OMS alerta para o risco à saúde relacionado a esses "medicamentos"

21 jun 2024 - 22h21
(atualizado em 22/6/2024 às 04h21)
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou, na quinta-feira (20), para a identificação de lotes de Ozempic falsificado, com possíveis implicações na saúde dos usuários. O medicamento original tem como princípio ativo a semaglutida e pode ser usado tanto no tratamento do diabetes tipo 2 quanto para a perda de peso, dependendo da concentração.

Foto: Towfiqu98/Envato / Canaltech

Nos últimos 12 meses, lotes falsificados de Ozempic, remédio aplicado com uma caneta subcutânea, já foram identificados no Brasil, nos Estados Unidos, no Reino Unido e na Irlanda do Norte. O caso brasileiro é de outubro do ano passado, monitorado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Para além desses casos, "o Sistema Global de Vigilância e Monitorização da OMS tem observado aumento de relatórios sobre produtos falsificados de semaglutida em todas as regiões geográficas desde 2022", detalha a organização, em nota. 

Ozempic falso?

"A OMS aconselha os profissionais de saúde, as autoridades reguladoras e o público a se atentarem para esses lotes falsificados de medicamentos", afirma Yukiko Nakatani, médica e diretora-geral adjunta da OMS para o Acesso a Medicamentos e Produtos de Saúde.

"Apelamos às partes interessadas para que interrompam qualquer utilização de medicamentos suspeitos e informem as autoridades", acrescenta Nakatani. 

Em outras palavras, não se deve usar em nenhuma hipótese Ozempic falsificado. Na verdade, a mesma regra vale para qualquer medicação.

Risco para a saúde

"Esses produtos falsificados podem ter efeitos nocivos para a saúde das pessoas. Se não tiverem as matérias-primas necessárias, medicamentos falsificados podem levar a complicações de saúde resultantes de níveis [elevados] de glicose no sangue e peso não controlados", detalha a OMS no caso do Ozempic. Em pacientes com diabetes tipo 2, os desdobramentos podem ser graves.

OMS denuncia a venda de Ozempic falso e alerta pacientes para os riscos (Imagem: Chemist4U/CC-BY-S.A-2.0)
OMS denuncia a venda de Ozempic falso e alerta pacientes para os riscos (Imagem: Chemist4U/CC-BY-S.A-2.0)
Foto: Canaltech

Além do remédio não fazer efeito, quando se pensa em um produto falsificado, há outro dilema: o que tem na composição? Esses supostos remédios ilegais não têm nenhuma garantia ou norma de controle de qualidade, e a pessoa pode ingerir ou aplicar até substâncias tóxicas no organismo. Nesse caso, as consequências são inúmeras.

Para evitar os riscos relacionados a essas falsificações, a OMS destaca a importância de comprar o medicamento com receita médica em farmácias licenciadas, evitando a aquisição em fontes desconhecidas ou não verificadas. O risco aumenta quando a compra é feita online, através de anúncios de origem desconhecida.

No caso do Ozempic e de outros medicamentos com o princípio ativo da semaglutida, é importante que esses remédios estejam armazenados na geladeira, o que garantirá o efeito quando aplicado.

Fonte: OMS  

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