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Onde caiu o meteoro que matou os dinossauros?

Meteoro que atingiu cidade mexicana de Chicxulub pode estar entre as razões para o desaparecimento dos dinossauros

4 out 2022 - 05h00
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Bólide pode ter formado a cratera  Chicxulub, soterrada embaixo da Península do Iucatã, no México
Bólide pode ter formado a cratera Chicxulub, soterrada embaixo da Península do Iucatã, no México
Foto: Freepik

Um estudo da revista Geololy sobre o impacto de um meteoro na cidade de Chicxulub, no México, há 66 milhões de anos, no final do período Cretáceo, sugere algumas explicações para mudanças climáticas catastróficas e até para a extinção de dinossauros.

A cratera Chicxulub, soterrada embaixo da Península do Iucatã, no México, tem mais de 180 km de diâmetro, sendo considerada uma das maiores áreas de impacto por meteoros do mundo. Cientistas acreditam que o bólide (bolas de fogo) que formou a cratera tinha pelo menos 10 km de diâmetro.

A descoberta da cratera ocorreu em 1970 e estudos mais recentes indicam que o impacto associado a ela pode explicar a extinção de numerosos grupos de animais e plantas, incluindo os dinossauros.

Incêndios e tsunamis

De acordo com a National Geographic, o impacto desencadeou incêndios florestais e tsunamis por milhares de quilômetros, resultando nas oscilações do clima global, com um período de resfriamento seguido por um longo período de aquecimento, dando início à extinção de quase 75% das espécies.

O estudo da Geololy busca confirmar que a formação de bagacina — fragmentos de pedras vulcânicas — ocorreu justamente pelo impacto do meteoro, que ao atingir o solo com força, elevou consideravelmente as temperaturas, vaporizando uma espessa camada de rochas de carbonato e levantando uma nuvem de gás superaquecida como uma cortina de fragmentos rochosos que explodiram na superfície. Nesse mix de vapor e poeira, a bagacina se formou.

A emissão de poeiras e partículas pode ter coberto toda a superfície da Terra durante vários anos, criando um ambiente difícil para os seres vivos. A produção de dióxido de carbono provocada pelo choque e pela destruição de rochas carbonatadas teria conduzido a um repentino efeito estufa.

Impressão artística do asteroide batendo em mares tropicais e rasos ricos em enxofre da Península Iucatã, no que é hoje sudeste do México
Impressão artística do asteroide batendo em mares tropicais e rasos ricos em enxofre da Península Iucatã, no que é hoje sudeste do México
Foto: Donald Davis / Wikimedia Commons

Origem da cratera de Chicxulub

Dados coletados pelo estudo apontam que as temperaturas atmosféricas elevaram-se acima de 100° C, estendendo-se por uma área de 1.800 km da cratera Chicxulub, levando a uma zona inabitável logo após segundos do impacto.

Estudos anteriores também defendem a teoria de que a extinção dos dinossauros tenha ocorrido a partir do impacto do asteroide com o planeta em Chicxulub.

A cratera foi descoberta em 1978 pelos geofísicos Glen Penfield e Antonio Camargo, que trabalhavam para a companhia petrolífera estatal mexicana Petróleos Mexicanos (Pemex). Apenas em 1990 a teoria de que ela foi o local da extinção dos dinossauros ganhou força.

Em março de 2010, especialistas de vários países revisaram as evidências disponíveis e concluíram que o impacto em Chicxulub desencadeou as extinções em massa no período Cretáceo-Paleogeno.

Apesar disso, o asteroide que criou a cratera talvez não tenha sido o maior que já atingiu a Terra. Um novo estudo de pesquisadores da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, sugere que o asteroide que formou a cratera Vredefort, na África do Sul, pode ser maior do que se pensava: pesquisas anteriores apontavam que o objeto tinha cerca de 15 km de diâmetro, mas o novo estudo indica que, na verdade, o objeto podia medir mais de 20 km.

Fonte: Redação Byte
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