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OnlyFans irá banir pornografia a partir de outubro

Plataforma de conteúdo monetizável afirma que está fazendo mudanças para atender a pedidos de investidores

19 ago 2021 - 16h36
(atualizado às 16h45)
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Em versão 'light', app do OnlyFans traz conteúdos sobre exercícios, cozinha e até comédia
Em versão 'light', app do OnlyFans traz conteúdos sobre exercícios, cozinha e até comédia
Foto: Divulgação/OFTV / Estadão

O OnlyFans, plataforma de monetização de conteúdo exclusivo para fãs, anunciou nesta quinta-feira, 19, que irá banir toda pornografia da plataforma a partir de 1º de outubro deste ano, de acordo com comunicado da empresa obtido pela revista americana Variety e confirmado pelo Estadão.

Segundo a empresa britânica, a mudança foi feita a pedido de investidores.

"O OnlyFans irá proibir a publicação de conteúdos sexualmente explícitos. Para garantir a sustentabilidade da plataforma no longo prazo e para continuar inovando para hospedar uma comunicade inclusiva de criadores e fãs, precisamos evoluir as nossas regras de conteúdo", informa a empresa.

Criadores poderão publicar nudez, contanto que respeitem os termos de uso da plataforma, que atualmente proíbe nudez pública em países em que esse tipo de exposição é proibida.

A empresa afirma que irá detalhar nos próximos dias como será a mudança, afirmando que irá prestar suporte aos criadores e fãs.

Versão 'light'

O OnlyFans anunciou no início desta semana o lançamento de um aplicativo 'light' para iOS, Android e outras plataformas — até então, a plataforma podia ser acessada apenas por navegadores da internet, já que o conteúdo explícito impedia que o app fosse aceito nessas lojas.

No app, chamado de OFTV, celebridades da plataforma, como Mia Khalifa, Bella Thorne e Tyler Posey, entre outras, criam vídeos gratuitos sobre assuntos diversos, como comédia, gastronomia, fitness e bem-estar. Segundo a empresa, o objetivo do aplicativo é atrair novos usuários.

A estratégia de popularização do OnlyFans, que possui 150 milhões de usuários cadastrados e 2 milhões de criadores, acontece em um momento em que a plataforma ganhou força durante a pandemia de covid-19, chegando a ser conhecida como o 'Uber da pornografia' — isto é, os criadores podiam ter uma fonte de renda ao produzir conteúdo próprio, tirando diversas celebridades de estúdios de conteúdo adulto que estiveram de portas fechadas durante 2020.

Ao mesmo tempo, gigantes do Vale do Silício perceberam o potencial de remuneração de conteúdo a influenciadores. Neste ano, YouTube, Twitter e Instagram desenvolvem soluções para permitir que fãs engajem via gorjetas com seus criadores favoritos, enchendo um mercado que já conta com nomes como Patreon e Substack.

Estadão
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