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Como os recursos dos apps de mensagem têm impactado nossa vida ao longo dos anos

Hoje já podemos compartilhar arquivos, documentos e fazer pagamentos por esses aplicativos que têm origem nos anos 90 com o programa ICQ

28 abr 2023 - 05h00
(atualizado às 13h42)
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Mão segura um celular em frente a uma parede branca. Na tela, sobre fundo verde, há o logotipo do WhatsApp, formado por um balão de fala também verde e um símbolo de telefone.
Mão segura um celular em frente a uma parede branca. Na tela, sobre fundo verde, há o logotipo do WhatsApp, formado por um balão de fala também verde e um símbolo de telefone.
Foto: Anton / Pexels

Pense em quantas transformações e mudanças a comunicação instantânea pela internet já sofreu. Envio de texto, emoticons, áudios, fotos, vídeos, emojis. Hoje já podemos compartilhar arquivos, documentos e fazer pagamentos pelos apps de mensagem.

Todos esses novos recursos e funcionalidades influenciaram a forma como interagimos uns com os outros e até mesmo nossos relacionamentos, para o bem ou para o mal.

Bastam algumas perguntas para chegar a essa conclusão: quantas mensagens você já enviou e recebeu na sua vida? Quantas vezes veio aquele sentimento de ansiedade ao verificar que alguém está online, digitando ou demorando para te responder?

A criação dos recursos mais conhecidos dos mensageiros tem origem nos anos 90 com o programa ICQ. Foram eles que criaram o status para sinalizar que alguém está online, de acordo com Adrian Zumbrunnen, designer da Apple. O objetivo? Aumentar o engajamento na plataforma.

Mas a Microsoft foi além. A empresa criou uma forma de não aparecer online para os contatos no famoso e saudoso MSN, além de uma funcionalidade para saber quando a outra pessoa está digitando.

Lembro até hoje de ficar invisível quando não queria que alguém descobrisse que eu estava disponível.

Depois surgiram outras inovações nos programas e aplicativos de mensagem, como as confirmações de leitura e o visto por último.

Hoje podemos desativar a maioria dessas funcionalidades, mas o comum é que elas estejam ativadas por padrão. E esse é o ponto negativo e problemático de como esses recursos são desenvolvidos e implementados, com foco no nosso engajamento e envolvimento máximo nesse tipo de interação virtual.

O assunto é explorado também em artigo pelo jornalista e especialista em comunicação Juliano Nobrega. Foi ele quem me inspirou a escrever essa coluna.

Agora, a tendência são os superapps: aplicativos que querem ser uma espécie de canivete suíço, com inúmeras funcionalidades.

Só para ficar em um exemplo: o WhatsApp já permite enviar e receber dinheiro de qualquer pessoa e pagar estabelecimentos aqui no Brasil, seguindo a tendência do app rival chinês WeChat. Algo me diz que é uma forma de nos manter ainda mais conectados e engajados.

Por outro lado, não podemos negar os benefícios que surgiram com a comunicação digital. Quantas vezes você também fez e fortaleceu amizades e compartilhou momentos importantes?

Graças ao MSN e outros programas de conversas e mensagens, por exemplo, eu conheci e me conectei com pessoas cegas como eu.

Fiz amizades e tive contato com pessoas que entendiam minha realidade, coisa que eu não havia conseguido de forma presencial até então.

Os apps e programas de mensagens podem conectar pessoas, formar redes de apoio e comunidades que podem se estender para interações presenciais e até ser protagonista de novos relacionamentos amorosos e casuais. E não podemos ignorar esses pontos positivos.

Mas precisamos depender cada vez menos dos recursos que nos tornam reféns ou ansiosos. Por aqui, minhas iniciativas individuais de "redução de danos" são: arquivar boa parte de grupos e conversas, tirar todas as notificações de mensagens e desativar a confirmação de leitura. Não foi fácil e tudo foi aos poucos.

No final do dia, tudo se resume a como nos sentimos e qual é a nossa relação com a tecnologia e com os aplicativos de mensagem. A partir disso, ponderar sobre o que podemos ou não abrir mão para ter um estilo de vida mais saudável.

Fonte: Redação Byte
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