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Papel higiênico contém substâncias que podem causar câncer, diz estudo

Químicos liberados por águas residuais podem apresentar risco à saúde, explicam pesquisadores

3 mar 2023 - 16h01
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Estudo foi conduzido por pesquisadores da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos
Estudo foi conduzido por pesquisadores da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos
Foto: Reprodução / Freepik

Um novo estudo publicado pela Environmental Science & Technology Letters, na quarta-feira (1), revela que o papel higiênico apresenta polifluoroalquiladas (PFAs), substâncias químicas que, liberados ao ambiente, podem apresentar riscos à saúde como câncer

O estudo, conduzido por especialistas da Universidade da Flórida (EUA), alerta para a presença de “produtos químicos eternos” tóxicos no papel higiênico. As substâncias PFAs já foram associadas a certos tipos de câncer e até mesmo à baixa contagem de esperma.

Esses compostos precursores têm a capacidade de se transformar em diferentes tipos de PFAs, uma substância chamada PFOA, ou ácido perfluorooctanóico, que é potencialmente cancerígeno.

O estudo avaliou as águas residuais, que são águas que já foram utilizadas para alguma finalidade humana; o esgoto é um exemplo.

“Neste estudo, tanto o papel higiênico quanto o lodo de águas residuais foram caracterizados para explorar a magnitude do carregamento potencial de PFAS nos sistemas de águas residuais do papel higiênico”, relata o estudo.

“Nossos resultados sugerem que o papel higiênico deve ser considerado como uma fonte potencialmente importante de PFAS que entra nos sistemas de tratamento de águas residuais”, complementa.

Os pesquisadores analisaram o papel higiênico vendido na África, Europa Ocidental e América do Norte, do Sul e Central, extraindo PFAs das amostras, bem como do lodo de tratamento de águas residuais dos Estados Unidos.

O estudo concluiu que o papel higiênico compreendia 4% do diPAP comumente encontrado nos sistemas de esgoto dos EUA e do Canadá – mas na Europa esse número disparou. Na Suécia, por exemplo, o diPAP equivalia a 35% e, na França, era de 89%.

Mesmo o papel higiênico reciclado não é seguro – ele pode ser contaminado com PFAs devido à reutilização de materiais que continham diPAPs.

“Essa redução nos PFAs é crítica, uma vez que os efluentes e o lodo de águas residuais são comumente reutilizados para irrigação e/ou aplicação no solo”, disse Timothy Townsend, coautor do estudo e professor de engenharia ambiental da Universidade da Flórida, em entrevista ao New York Post.

Fonte: Redação Byte
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