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Parlamentares dos EUA pedem que Google e Facebook resistam à lei de cibersegurança no Vietnã

17 jul 2018 - 13h25
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Dezessete parlamentares norte-americanos pediram aos presidente-executivos do Facebook e do Google que resistam às mudanças estipuladas por uma nova lei de cibersegurança no Vietnã, que críticos dizem dar ao país comunista mais poder para reprimir dissidentes.

25/5/2018 REUTERS/Charles Platiau
25/5/2018 REUTERS/Charles Platiau
Foto: Reuters

A lei, que foi aprovada por legisladores vietnamitas no mês passado e entra em vigor em 1º de janeiro de 2019, requer que o Facebook, o Google e outras empresas globais de tecnologia armazenem dados pessoais sobre os usuários no Vietnã e abram escritórios no país.

"Se o governo vietnamita está coagindo as empresas a ajudar e dar assistência à censura, esse é um motivo de preocupação que precisa ser tratado diplomaticamente e nos níveis mais altos", disse o Congresso em carta vista pela Reuters.

"Pedimos que cumpram as missões de promover abertura e conectividade", afirmou o documento datado de 12 de julho e assinado por 17 membros do Congresso.

Grupos globais de tecnologia se opuseram contra provisões que exigem o armazenamento de dados de usuários localmente, mas não assumiram a mesma posição firme sobre as partes da lei que fortalecem a repressão do governo em ativismo político online.

Autoridades das companhias, no entanto, manifestaram privadamente preocupações de que os centros de dados locais e escritórios tornam mais fácil para as autoridades do governo apreenderem dados sobre os clientes e exporem funcionários locais a ameaça de prisão.

Jeff Paine, diretor administrativo da Coalizão de Internet da Ásia (AIC), um grupo da indústria que liderou os esforços para amenizar a legislação antes de a mesma ser aprovada, disse que a lei criou "grande incerteza" para a reputação do Vietnã como destino de investimentos.

"O Vietnã precisa de uma abordagem mais progressiva e regulações inteligentes sobre a tecnologia da internet e serviços digitais para beneficiar a economia e o povo no longo prazo", afirmou Paine em comunicado enviado em resposta à carta.

O Ministério de Relações Exteriores do Vietnã não respondeu ao pedido de comentário.

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