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Partículas carregadas com energia podem ajudar a tratar obesidade

Cientistas injetaram nanomaterial capaz de interromper mecanismo de armazenamento de lipídio em camundongos obesos

1 dez 2022 - 18h08
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Estudo com camundongos mostrou resultados promissores sobre a inibição do acúmulo de gordura
Estudo com camundongos mostrou resultados promissores sobre a inibição do acúmulo de gordura
Foto: Towfiqu Barbhuiya / Unsplash

Dois estudos desenvolvidos na Universidade de Columbia (EUA) trazem respostas sobre como direcionar o armazenamento de gordura no corpo humano de uma forma mais saudável. Através de partículas eletricamente carregadas, os cientistas conseguiram fazer com que camundongos não desenvolvessem células adiposas indesejadas. 

A grande vantagem do método estudado é que os materiais remodelam a gordura (que, em certas quantidades, é essencial para a saúde) em vez de destruí-la — coisa que a lipoaspiração faz, por exemplo.

O primeiro artigo, publicado na revista Nature Nanotechnology, foca na gordura visceral que se concentra na região da barriga. No experimento, os pesquisadores reconheceram que o tecido adiposo contém uma grande quantidade de substâncias carregadas negativamente. Elas acabavam criando uma rede de atração para partículas com energia positiva. 

Para evitar a proliferação das células adiposas, os cientistas injetaram em camundongos obesos um nanomaterial com carga positiva (chamado de P-G3), capaz de quebrar esta rede de atração. 

O PG-3 não só obteve sucesso em atingir somente a gordura visceral, foco do estudo, como também surpreendeu os pesquisadores ao desligar o sistema de armazenamento de lipídios nas células adiposas dos ratos, fazendo os animais perderem peso.

O segundo experimento também constatou sucesso do material em aliviar a inflamação crônica causada pelo excesso de gordura, característica da obesidade. O nanomaterial ajudou na formação de novas células adiposas (pequenas e saudáveis, como as encontradas em recém nascidos e atletas) e também inibiu o armazenamento de lipídios, prejudiciais às células adiposas aumentadas.

Os pesquisadores, que ainda têm patentes pendentes, já estão de olho em várias aplicações possíveis do nanomaterial, inclusive no segmento estético. Aplicações locais, como o botox, podem servir de ferramenta para diminuir a gordura em locais específicos sob a pele, por exemplo.

“Agora, podemos reduzir o depósito de  gordura de uma maneira específica em qualquer lugar que quisermos, de maneira segura, sem destruir as células adiposas. Este é um grande avanço no tratamento da obesidade", diz Li Qiang, um dos autores dos estudos.

Fonte: Redação Byte
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