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Peixe bizarro projeta "tromba" para se alimentar e respirar; veja vídeo

Investigação foi feita por dissecção, videografia e tomografia computadorizada para revelar a complicada construção de suas mandíbulas

27 fev 2024 - 10h43
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Pesquisadora estuda como peixe projeta tromba pela mandíbula
Pesquisadora estuda como peixe projeta tromba pela mandíbula
Foto: Reprodução/Allyson Evans

O peixe-boca-dobradiça, encontrado apenas nos rios da África Ocidental e em lagos florestais, tem um diferencial "bizarro", conforme apontado por pesquisadores. A espécie é capaz de projetar uma tromba para se alimentar ou respirar graças à anatomia única de sua mandíbula. 

A espécie, que leva o nome científico de Phractolaemus ansorgii, tem uma tromba destacável, uma estrutura tubular dobrada em sua cabeça que pode se estender para cima ou para baixo, explicam os biólogos.

Os lábios da tromba são revestidos por estruturas semelhantes a dentes feitas de queratina, que o peixe usa para raspar algas ou outros detritos. 

A investigação foi feita por dissecção, videografia e tomografia computadorizada para revelar a complicada construção de suas mandíbulas. O trabalho de pesquisa foi conduzido pela pesquisadora Allyson Evans, da Universidade George Washington, em Washington DC, nos Estados Unidos. 

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A mandíbula superior, que está conectada à mandíbula inferior por um ligamento, faz parte da tromba. “Você pode pensar na mandíbula superior como estando mais ou menos suspensa na pele da tromba. É por isso que a estrutura pode se estender tanto para fora da cabeça", disse Evans em entrevista ao New Scientist. 

A cientista também observou os peixes nadando até a superfície e respirando fundo, usando a tromba “como um snorkel”. Esta poderia ser uma habilidade útil em poças florestais onde os níveis de oxigênio podem ser baixos.

Os cientistas não têm certeza de como o peixe dobradiça evoluiu, pois as evidências fósseis são escassas.

 “Acredita-se que a família à qual Phractolaemus pertence, Kneriidae, seja de origem do Cretáceo médio, mas simplesmente não existe nenhuma forma intermediária encontrada ainda no registro fóssil”, comentou a pesquisadora. 

Fonte: Redação Byte
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