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Pesquisador da USP investiga interface não invasiva para diagnóstico de doenças; entenda

A pesquisa em interface não invasiva pode revolucionar a forma como nos comunicamos e o diagnóstico de algumas patologias

20 fev 2024 - 12h19
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 Equipamento usado pelo professor João Rosa em suas pesquisas na USP São Carlos
Equipamento usado pelo professor João Rosa em suas pesquisas na USP São Carlos
Foto: Divulgação

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) estão trabalhando em técnicas não invasivas para construir pontes entre o nosso cérebro e as máquinas. Eles desenvolveram uma interface capaz de identificar alguns sinais de doenças, como depressão e epilepsia, com até 90% de precisão.

Os resultados foram publicados um estudo recente na revista científica Neural Computing and Applications.

A interface entre o cérebro humano e os computadores vem ganhando destaque nos últimos anos, com o anúncio de tecnologias inovadoras, assim como o chip cerebral da Neuralink, de Elon Musk.

No entanto, a nova técnica busca identificar doenças sem a necessidade de um implante. O professor João Luís Garcia Rosa, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), é um dos pioneiros no assunto.

A ferramenta para classificação de padrões nos eletroencefalogramas de pacientes com epilepsia, alcançando uma precisão entre 87,2% e 90,99% na identificação dos distúrbios.

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A pesquisa

Para isso, os pesquisadores utilizam técnicas como a eletroencefalografia (EEG). A EEG mede a atividade elétrica cerebral em diferentes locais da cabeça, usando eletrodos colocados sobre o couro cabeludo.

Como Garcia Rosa explicou em um comunicado à imprensa, o objetivo é ler essa atividade elétrica e, por meio de modelos computacionais, decodificá-la e interpretá-la.

Isso pode ser usado para diversas aplicações, como diagnosticar doenças, controlar próteses e até mesmo permitir a comunicação entre pessoas sem a necessidade de movimentos musculares.

Apesar disso, há alguns desafios pela frente. O primeiro deles é construir modelos computacionais capazes de reproduzir a dinâmica dos neurônios.

Segundo o professor, os avanços em processamento de sinais, inteligência artificial e aprendizagem de máquina, no entanto, estão contribuindo para a construção de melhores modelos.

O professor Rosa acredita que as técnicas não invasivas de interface cérebro-computador têm um grande potencial para revolucionar a medicina e a comunicação humana. Ele destaca a importância da pesquisa nessa área e da colaboração entre diferentes grupos de pesquisa ao redor do mundo.

Fonte: Redação Byte
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