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Pesquisadores classificam animal pré-histórico com ajuda de raio-x

Estudo identifica minerais de enxofre que tornam fósseis no arquipélago norueguês especialmente adequados para radiografia

1 jun 2023 - 17h53
(atualizado às 18h03)
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Para identificar o réptil, paleontólogos colocaram o fóssil sob uma máquina de raios-X para montar o quebra-cabeça petrificado.
Para identificar o réptil, paleontólogos colocaram o fóssil sob uma máquina de raios-X para montar o quebra-cabeça petrificado.
Foto: Engelschiøn et al. PLOS ONE, CC-BY 4.0

Um estudo de pesquisadores da Universidade de Oslo utilizou exame de raios-X para a classificação de um fóssil de réptil marinho não identificado anteriormente de Edgeoya, Svalbard, na Noruega.

Segundo os achados, publicados na quarta-feira (31), na revista de acesso aberto PLOS ONE, a técnica pode fornecer informações futuras únicas sobre a vida antiga.

Técnicas de raios-X podem ser muito eficazes para investigar restos fósseis bem preservados, mas a utilidade desses métodos geralmente depende de como os materiais são preservados, o que varia de local para local. 

No caso deste estudo, Victoria S. Engelschion e colegas demonstram que os fósseis da Formação Botneheia do Triássico Médio de Svalbard, são particularmente adequados para imagens radiográficas

Réptil marinho

O objeto da pesquisa é um fóssil de um réptil marinho cujos restos são comprimidos e envoltos em xisto (camada de rocha sedimentar). Estima-se que ele tenha vivido há cerca de 240 milhões de anos, quando a região de Svalbard era coberta por um oceano. 

Depois de morrer, ele afundou no fundo do mar e foi enterrado na lama, tornando-se extremamente achatado com o tempo. Originalmente escavado em 2008, a identidade deste fóssil tem sido debatida desde então.

Restos mortais do animal foram descobertos em 2008
Restos mortais do animal foram descobertos em 2008
Foto: Reprodução NYT

Raio-x

Usando capturas de raios-X, a imagem do espécime revelou novos detalhes, incluindo características do crânio e dos dentes que permitiram aos pesquisadores concluir que este réptil provavelmente pertence à espécie de ictiossauro Phalarodon atavus.

A análise também examinou a mineralogia dos fósseis dessa formação, identificando múltiplas formas de minerais de sulfato, incluindo a barita de sulfato, que dá aos restos mortais um alto contraste de raios-X, permitindo a alta qualidade da imagem radiográfica.

Ainda assim, a formação desses minerais é pouco compreendida, mas pode estar ligada a condições criadas por atividades vulcânicas antigas. 

Os pesquisadores dizem que este estudo não apenas demonstra a utilidade das técnicas de raios X para estudar esses fósseis, mas também identifica as condições que podem formar restos adequados para essas técnicas, em Svalbard e potencialmente em outros lugares.

 “As rochas de Svalbard estão cheias de répteis marinhos achatados. Nossa descoberta do excepcional contraste de raios-X significa que podemos aprender muito mais sobre esses antigos predadores do que pensávamos anteriormente”, escreveram.

Fonte: Redação Byte
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