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Pesquisadores descobrem novo gene relacionado ao envelhecimento

Mutação não estava atribuída anteriormente ao envelhecimento, mas cientistas dizem que mais estudos são necessários

2 nov 2022 - 05h00
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Cabeça de um C. elegans mostrando agregados proteicos marcados com fluorescência
Cabeça de um C. elegans mostrando agregados proteicos marcados com fluorescência
Foto: Divulgação / Universidade Estadual da Carolina do Norte

Um novo método de análise, desenvolvido por pesquisadores da Universidade Estadual da Carolina do Norte, consegue determinar quais genes são relevantes para o processo de envelhecimento. O experimento foi feito em animais, mas os cientistas esperam aplicar as pesquisas para entender como funciona em humanos. Os resultados foram publicados, dia 24 de outubro, na revista científica iScience.

Para isso, a equipe de pesquisa investigou uma espécie de lombriga chamada Caenorhabditis  elegans, que é uma das espécies modelo mais importantes para pesquisas em genética e envelhecimento. Especificamente, os pesquisadores se concentraram na agregação de proteínas nas células, que está bem estabelecida como relacionada ao envelhecimento.

Adriana San Miguel, autora correspondente do artigo  e professora assistente de engenharia química e biomolecular na universidade, disse em um comunicado que “há muitos genes por aí que ainda não sabemos o que fazem, principalmente no que diz respeito ao evelhecimento".

Descobrindo genes relevantes para o envelhecimento

Para chegar ao resultado, os pesquisadores primeiro, expuseram esses vermes a substância química que induz mutações genéticas aleatórias. Depois, usaram um sistema autônomo de alto rendimento para identificar quais lombrigas tinham altos níveis de agregação de proteínas em suas células sem prejudicá-las, enquanto ainda eram jovens o suficiente para se reproduzir. 

As lombrigas que tinham níveis mais altos de agregação de proteínas, que devem viver por um período de tempo mais curto, foram separadas das outras usando um sistema microfluídico automatizado (que processa quantidades pequenas de líquidos) e observadas para ver quanto tempo vivem.

Assim, uma vez que as lombrigas morrem, pesquisadores estabeleceram dados de agregação de proteínas e vida útil para cada um dos vermes. As com maior agregação e menor expectativa de vida podiam ser priorizadas para estudo, pois havia maior probabilidade de que essas mutações tenham afetado o envelhecimento.

E por último, cientistas puderam sequenciar o DNA das lombrigas. "Uma vez que temos os dados genômicos, podemos identificar as mutações em C. elegans", disse San Miguel.

Os dados de agregação de proteínas e expectativa de vida permitiu que os pesquisadores pudessem avaliar quais mutações podem ser mais relevantes para o envelhecimento. Eles descobriram que havia uma mutação específica em um gene que não havia sido identificado anteriormente como tendo qualquer relação com o envelhecimento.

Agora, a equipe de pesquisa afirma que são necessários mais estudos para identificar a relação desta mutação genética com o envelhecimento. 

Fonte: Redação Byte
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