Pesquisadores usam pássaros mortos para criação de novos drones
Equipe de pesquisa acredita que invenção ajudará investigar a vida selvagem
Uma equipe de pesquisadores da New Mexico Tech quer acoplar drones em pássaros mortos com asas batendo para permitir novas formas de investigar "de maneira disfarçada" a vida selvagem – e possivelmente espionar pessoas para fins militares.
O projeto foi apresentado em 26 de janeiro, na American Institute of Aeronautics and Astronautics SciTech Forum, em Maryland. Segundo Mostafa Hassanalian, da New Mexico Tech, em vez de usar materiais artificiais para construir drones, “podemos usar pássaros mortos e transformá-los em drones", disse ao New Scientist.
O protótipo combinou partes de pássaros mortos com mecanismos artificiais de drones para imitar a aparência geral e os movimentos de animais vivos mais de perto.
Como funciona
Os pesquisadores fizeram testes de simulação de voo utilizando dois drones parecidos com pássaros, combinando partes artificiais do corpo de um animal com uma cabeça e penas de faisão reais, e o outro com asas de pombo reais presas a um corpo artificial imitando o animal.
Depois, utilizaram um software de computador para simular os movimentos das asas e descobrir maneiras de melhorar continuamente o controle mecânico das asas após cada teste de voo.
De acordo com a equipe, isso retira a necessidade de projetar e fabricar uma asa.
Raphael Zufferey , do Instituto Federal Suíço de Tecnologia em Lausanne, que não participou do estudo, afirmou que "a notável semelhança do robô com um pássaro real pode ser uma grande vantagem ao voar entre os pássaros.”
Os drones semelhantes a pássaros podem planar com asas imóveis, bater rapidamente para pairar no lugar e voar alto. No entanto, ressalta a equipe, eles não têm flexibilidade para realizar uma gama mais ampla de movimentos aviários, como dobrar as asas para mergulhar rapidamente, por exemplo.
Ainda assim, dizem os cientistas, esses "drones de pássaros" podem, eventualmente, ajudar a estudar como algumas aves vivas podem economizar energia voando em uma formação em “V”.