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PF pode derrubar Telegram caso não forneça dados de ataques a escolas

Caso o aplicativo não colabore com a investigação, as atividades poderão ser suspensas no país

20 abr 2023 - 12h41
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Aplicativo pode ter atividades suspensas no país caso não colabore com a investigação
Aplicativo pode ter atividades suspensas no país caso não colabore com a investigação
Foto: Canaltech

A Justiça Federal do Espírito Santo (JF-ES) determinou, na quarta-feira (19) que o aplicativo de mensagens Telegram entregue dados de grupos e usuários suspeitos de planejar ataques em escolas.

Na decisão, a Justiça determinou que o prazo para o envio fosse de 24 horas, terminado nesta quinta-feira (20). Segundo informações compartilhadas pelo G1, o pedido foi feito pela Polícia Federal (PF), que alega que o Telegram estaria se recusando a passar dados e informações que ajudariam na identificação destes grupos.

Caso não colabore com as investigações, o Telegram pode ter atividade suspensa no país. A redação do Byte procurou o aplicativo para esclarecimentos, mas não obteve retorno até a publicação desta nota.

A a JF-ES também foi procurada para saber se houve atualização do caso, mas ainda não forneceu respostas.

Ataques a escolas e as redes sociais

A decisão acontece em meio a uma série de investigações após ataques a escolas em São Paulo e Santa Catarina. De acordo com o Ministério da Justiça, quase 800 perfis nas redes sociais foram retirados do ar por incentivar a violência.

Segundo o ministro Flávio Dino, cerca de 100 desses teriam seus conteúdos preservados para ajudar nas investigações. Na quarta-feira, Dino tuítou que a Operação Escola Segura cumpriu mandados em cinco estados brasileiros.

O Telegram não é o único: mais de 200 contas no Twitter foram monitoradas por um grupo de pesquisa, que constatou que os perfis contribuíram para disseminação de conteúdos de incentivo a violência nas escolas.

Ao todo, foram 225 pessoas presas, quase 700 adolescentes e adultos intimados a prestar depoimento em delegacias, 155 buscas e apreensões, num total de 1.224 casos em investigação até agora sobre possíveis estímulos à violência em escolas.

Fonte: Redação Byte
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