PF usa sistema anti-drones inédito para reforçar segurança do G20, conheça tecnologia
No primeiro dia da cúpula do G20 no Rio de Janeiro, a Polícia Federal abateu oito drones que invadiram áreas de segurança
A Cúpula do G20 trouxe ao Rio de Janeiro um robusto esquema de segurança aérea, incluindo a inauguração da Central de Monitoramento Antidrones pela Polícia Federal.
A Cúpula do G20, que reúne líderes das maiores economias globais, trouxe ao Rio de Janeiro um robusto esquema de segurança aérea. A Polícia Federal (PF) inaugurou nesta segunda-feira (18) a Central de Monitoramento Antidrones (CMA), projetada para proteger as imediações do evento, que acontece no Museu de Arte Moderna (MAM), no centro da cidade, até esta terça-feira (19).
Localizada próxima à Marina da Glória, a CMA tem como objetivo detectar, monitorar e neutralizar drones que representem potenciais ameaças. Segundo a PF, o sistema também coordenará o uso de aeronaves autorizadas por órgãos públicos.
No primeiro dia da cúpula do G20 no Rio de Janeiro, a Polícia Federal abateu oito drones que invadiram áreas de segurança sob monitoramento especial.
Durante o período operacional do G20, agentes realizarão a segurança aproximada de 84 líderes mundiais e chanceleres. O evento conta com policiais táticos, incluindo atiradores de elite (snipers), equipes com carros táticos e varreduras antibombas com cães farejadores.
A segurança inclui ainda o uso de helicóptero da Coordenação de Aviação Operacional com operadores armados, segurança fixa nos hotéis das delegações, e patrulhamento costeiro na região do MAM e Marina da Glória. Além disso, policiais federais estão dedicados à imigração na Base Aérea e no Aeroporto Internacional.
Protocolo de segurança para drones
Caso um drone não autorizado seja identificado, um protocolo é acionado. As autoridades podem interferir no controle do equipamento, localizar e abordar o operador. Dependendo da gravidade, o responsável poderá ser conduzido para procedimentos legais.
Em situações mais críticas, o dispositivo pode ser derrubado se for considerado uma ameaça à segurança das delegações.
Monitoramento aéreo em áreas estratégicas
As áreas sob vigilância incluem os arredores do MAM, Marina da Glória, Praça Mauá, além dos aeroportos Santos Dumont e Galeão. Hotéis que hospedam chefes de estado também estão no perímetro protegido.
A zona de proibição de voos possui um raio inicial de 8 km, com uma área de proteção estendida que alcança 37 km. O monitoramento utiliza radares e equipamentos de interferência no sinal das Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPAs).
As RPAs são aquelas em que o piloto não está a bordo, mas controla aeronave remotamente por meio de uma interface, como computador, simulador, dispositivo digital ou controle remoto, conforme definição da ANAC.
O que são e como funcionam os equipamentos de detecção de interferências no sinal?
Os equipamentos de detecção de interferências eletromagnéticas são dispositivos fundamentais para garantir o funcionamento adequado e confiável de sistemas eletrônicos. Eles identificam e analisam interferências causadas por fontes como dispositivos eletrônicos, redes de comunicação, equipamentos elétricos e até fenômenos naturais.
Esses dispositivos monitoram ondas eletromagnéticas em diversas frequências, medindo sua intensidade para localizar potenciais fontes de interferência. Tecnologias adicionais, como antenas direcionais, filtros de frequência e analisadores de espectro, tornam a análise mais precisa, permitindo a identificação de problemas específicos e facilitando a aplicação de soluções corretivas.
Esses equipamentos asseguram a qualidade de sistemas eletrônicos ao detectar e analisar interferências eletromagnéticas no ambiente, utilizando tecnologias como analisadores de espectro e antenas direcionais para identificar fontes e corrigir problemas.