Pinça óptica revoluciona pesquisa com bactérias e células cancerígenas; entenda
Cientistas chineses usaram raios laser para separar e manipular células
Pesquisadores chineses se inspiraram em pinças para criar um método de isolamento e separação de células que pode ser útil para baratear pesquisas com bactérias e células cancerígenas. Em vez de hastes de metal, a equipe utilizou lasers para fazer a manipulação e acabaram gastando menos tempo e dinheiro do que métodos até então conhecidos.
O estudo foi publicado na revista Lab on a Chip. Os cientistas explicam que um par de raios forma uma "pinça óptica" capaz de segurar, manipular e mover objetos desejados sem agredir as células estudadas. A tecnologia é chamada de "OPSI".
A "pinça" foi utilizada em um conjunto de células confinado em uma lâmina de vidro. Uma vez que a célula-alvo era identificada, os objetos entravam em ação, embalando a célula em uma microgotícula e transportando-a para fora da cultura. Segundo os pesquisadores, a pureza do processo chegou a 99,7%.
"A classificação baseada em imagens em tempo real de células-alvo de com precisão é desejável para sequenciar e cultivar células individuais diretamente de amostras clínicas ou ambientais, no entanto, a versatilidade dos métodos existentes é limitada, pois geralmente não são amplamente aplicáveis a todos os tamanhos de células", disse Xu Teng, primeiro autor do artigo
A introdução do reconhecimento automático de células baseado em inteligência artificial pode ser o próximo incremento, junto com a OPSI, em pesquisas de manipulação celular, de acordo com Ma Bo, outro pesquisador envolvido no estudo.